Mal na inovação

O Brasil perdeu mais seis posições no Índice Global de Inovação deste ano em relação a 2012, passando a figurar na 64ª posição numa lista de 142 países, diretamente abaixo do México. Em 2011, a sua colocação estava no número 81. O indicador elaborado pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), com apoio da universidade norte-americana de Cornell e da escola de administração francesa Insead, foi divulgado ontem em Genebra. Os países considerados campeões da inovação são, pela ordem, Suíça, Suécia, Reino Unido, Holanda e Estados Unidos. Nenhum dos Brics, grupo das maiores economias emergentes, que ainda incluem Rússia, Índia e China conseguiu ficar entre os 25 primeiros lugares. Todos ficaram estagnaram ou recuaram no quesito inovação. A China manteve o posto de número 35, um a menos em relação ao ano passado, a Rússia ficou com o 62 lugar, 11 a menos, e a Índia perdeu dois e aparece em 66. A OMPI observa ainda que países de renda média tiveram, no geral, bom desempenho em outros quesitos avaliados a partir deste ano, para analisar a qualidade das inovações. A classificação combina 84 aspectos da economia nacional favoráveis às atividades de inovação, que vão desde instituições e capital humano a até infraestrutura e programas empresariais, além de provas de tecnologias próprias e resultados criativos de pesquisa. A melhor condição do Brasil é no que ser refere às principais universidades e no desempenho das empresas exportadoras. Ontem, em Berlim, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Instituto Fraunhofer, da Alemanha, firmaram parceria para lançar 24 institutos de inovação no Brasil. Pelo convênio, o Senai vai representar o modelo de inovação alemão, famoso pela plataforma de projetos voltados ao desempenho da indústria. Segundo o braço formador de recursos humanos da indúsria brasileira, a nova estrutura deverá absorver R$ 3 bilhões até 2015, metade do montante dividido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o restante pelo setor privado.

Comentários