Celular da morte

Sílvio Ribas A Apple ainda não tem explicação para a morte da chinesa Ma Ailum, de 23 anos, eletrocutada após atender seu iPhone 5, conectado à tomada. Em nota, a fabricante lamentou o acidente e informou que vai colaborar com as investigações. Ailun era aeromoça da China Southern Airlines. A irmã da vítima chegou a publicarna internet mensagem alertando o público. A Apple pediu desculpas e reforçou
sua política de garantias no país, emrazão de insistentes críticas feitas pelaimprensa estatal ao serviço de pós-venda do iPhone 5. Especialistas ouvidos pelo Correio consideraram o episódio extremamente atípico e indicaramas possíveis causas. Gláucio Siqueira, professor da PUC Rio e especialista em condução elétrica nas telecomunicações, apostou numa descarga atmosférica que atingiu a residência da vítima. “Trata-se de uma fatalidade independente do tipo de aparelho”, explicou. Ele ressaltou que os carregadores funcionam como transformadores, baixando radicalmente a tensão da corrente elétrica antes de chegar ao celular. Além disso, o fio e o telefone são revestidos. Siqueira até admite a possibilidade de leves choques, “mas nada capaz de matar”. ParaMarcelo Zanateli, professor de Engenharia Elétrica do Centro Universitário FEI (SP), o “acidente raríssimo” deve estar relacionado àmá qualidade do carregador, que falhou no isolamento da energia vinda da própria rede. “Isso alerta para a importância de se usarem itens originais e certificados pelos órgãos reguladores”, defendeu. Ele lembrou que já houve no Brasil problemas com produtos piratas, como a explosão de baterias. “Mas o caso da morte da chinesa é o primeiro conhecido ao longo de décadas e de umuniverso de bilhões de aparelhos ativos”, salientou. Fonte: Correio Braziliense

Comentários