Vale-educação












Sílvio Ribas
Para garantir a qualificação desejada dos funcionários, o grupo Vale criou em 2003 um departamento de educação, o Valer, responsável por tocar desde treinamentos básicos a até pós-graduações em renomadas universidades estrangeiras. Desde então, mais de 80 mil pessoas dentro e fora do país foram alvo de seus programas educacionais. A política abrange todos empregados, incluindo os recém-contratados. “A ideia é que cada um possa se desenvolver ao longo da carreira e assumir novos desafios. Dessa maneira, mantemos o padrão das operações e preparamos sucessores dentro de casa”, disse Carla Gama, diretora de educação da Vale. Ela lembra que a mineração requer mão de obra qualificada, de maquinistas de trem a engenheiros de portos, “que não é facilmente encontrada no mercado”.
O grupo planeja investir US$ 21,4 bilhões este ano em vários projetos e para os quais pretende contratar 7,1 mil profissionais, sendo 4,5 mil no Brasil. Destes, cerca de 600 são engenheiros e 1,5 mil, técnicos. Mas a Vale também investe na educação básica de empregados, próprios e terceirizados, que ainda não terminaram o ensino regular e na preparação de mão de obra de regiões onde ainda vai atuar. Com isso, acaba oferecendo cursos distantes de seu negócio, como a capacitação de garçons, pedreiros e padeiros. Carla lembra que, além de reter e promover empregados, o Valer visa estimular a inovação.
Apenas em 2011, o departamento ofereceu 15 cursos para desenvolver 2,2 mil líderes, investindo R$ 13,6 milhões. Os cursos são realizados nas unidades da Vale ou em instituições como o Massachusetts Institute of Technology (MIT), de Boston (EUA), e o International Institute for Management Development (IMD), de Lausanne, Suíça. “Investir no desenvolvimento do empregado não é só questão de aumentar a produtividade. É também uma forma de deixá-los mais satisfeitos”, comenta a diretora.

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