Porto verde


Sílvio Ribas
De olho na expansão da infraestrutura marítima do país, a multinacional holandesa Kuipers Shipbuilding (KS) trouxe este ano ao mercado brasileiro a tecnologia chamada de porto verde. Trata-se de um cais de atracação flutuante, construído em aço e voltado a operações de carga e descarga. Entre as vantagens listadas pela KS estão preços e prazos menores, possibilidade de mudança total ou parcial para outro ponto e eventual resistência a desastres naturais.

“Os portos verdes são feitos por módulos encaixados que podem adquirir o tamanho desejado pelo cliente, servindo à ampliação de portos convencionais e viabilizando novos terminais”, comentou o representante da KS para a América Latina, Antonio Damiani. Para reforçar o perfil ecológico, ele lembra que os portos dispensam colunas de concreto dentro do mar, usam combustíveis ecológicos (biodiesel e gás natural) na geração própria de energia e podem até ser reciclados após a vida útil de 50 anos.

A filial em Campo Largo (PR) já apresentou a solução portuária para executivos de Pernambuco e à Secretaria de Meio Ambiente do Estado. Em Brasília, a empresa se apresentou à Secretaria de Portos, ao Ibama e à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). A KS garante financiamento aos clientes por agências de fomento e bancos europeus.

Damiani aponta como cliente potencial a Vale, considerando que a mineradora poderia adotar portos móveis, a serem usados só no período de exploração das minas, os transferindo depois. Mas o principal alvo é a Petrobras. Neste sentido, lembra que estaleiros locais podem construir portos ecológicos, atendendo a regra de conteúdo nacional do governo.

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