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Mostrando postagens de janeiro, 2012

Porto verde

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Sílvio Ribas De olho na expansão da infraestrutura marítima do país, a multinacional holandesa Kuipers Shipbuilding (KS) trouxe este ano ao mercado brasileiro a tecnologia chamada de porto verde. Trata-se de um cais de atracação flutuante, construído em aço e voltado a operações de carga e descarga. Entre as vantagens listadas pela KS estão preços e prazos menores, possibilidade de mudança total ou parcial para outro ponto e eventual resistência a desastres naturais. “Os portos verdes são feitos por módulos encaixados que podem adquirir o tamanho desejado pelo cliente, servindo à ampliação de portos convencionais e viabilizando novos terminais”, comentou o representante da KS para a América Latina, Antonio Damiani. Para reforçar o perfil ecológico, ele lembra que os portos dispensam colunas de concreto dentro do mar, usam combustíveis ecológicos (biodiesel e gás natural) na geração própria de energia e podem até ser reciclados após a vida útil de 50 anos. A filial em Campo Largo (PR) j...

Ericsson dá lição

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Sílvio Ribas A tecnologia é uma das principais aliadas da sueca Ericsson para treinar e promover seus funcionários. A gigante das telecomunicações também vê nas ferramentas digitais aplicadas à educação uma tendência global e uma importante oportunidade de negócios. No país, a empresa patrocina programas internos de treinamentos específicos para desenvolvimento de líderes, metodologia de vendas e certificações técnicas. “Desenvolvemos nossos empregados conforme as necessidades de cada área de negócio, alinhadas à estratégia da empresa”, disse Vera Gobetti, vice-presidente de recursos humanos da Ericsson no Brasil. O uso da internet nos programas educacionais é um dos seus diferenciais. Apenas em 2011, mais de 13 mil cursos online foram realizados pela empresa no Brasil com o objetivo de desenvolver tanto capacidades técnicas quanto aprimorar conhecimento dos negócios. O Ericsson Academy, por exemplo, é um serviço online no qual profissionais de todo o mundo trocam informações e ideias,...

Sem condições

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Sílvio Ribas As vendas recordes de carros novos em 2011 injetaram mais combustível no já gigantesco e urgente desafio da infraestrutura rodoviária do país. Atrás do número total — 3,63 milhões — estão histórias de orgulho do primeiro automóvel da família que se chocam com condições ruins das pistas país afora. Que o diga o maranhense José Augusto de Carvalho, 45 anos, que ainda está pagando as 30 prestações do seu sonho sobre rodas. O morador da Vila Estrutural, de Brasília, lamenta as limitações das vias: “é uma pena porque dependo do carro”. Menos de 20% das estradas são pavimentadas e mais da metade dessa parcela (57,4%) tem deficiências, calcula a Confederação Nacional do Transporte (CNT). Seu último balanço mostra que 24,9 mil quilômetros, 27% do total asfaltado, estão em situação crítica. “Se faltar investimento, os transportes entrarão em colapso”, alerta o diretor executivo da CNT, Bruno Batista. Ele informa que até a China está disposta a investir centenas de bilhões de dólare...

Agora vai?

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Sílvio Ribas O Brasil despertou para o crescimento, é elogiado internacionalmente e ainda esbanja otimismo do povo. As duas últimas décadas deixaram para trás tempos de inflação desgovernada e de economia fechada enquanto o avanço da renda nas camadas mais pobres da população vem embalando há anos uma escalada de consumo de dar inveja aos países desenvolvidos. O futuro prometido ao gigante adormecido parece ter chegado. Mas nem a nova euforia e a velha esperança de dias melhores para a agora sexta economia mundial, que ultrapassou Itália e Reino Unido desde 2010, conseguem esconder desafios enormes, como os da infraestrutura, e ameaças graves, como as pressões gerais sobre seus custos domésticos. Apesar dos grandes números da economia, o Brasil de hoje, repleto de oportunidades para empresas e trabalhadores, expõe como nunca suas fragilidades. O país que cresce e chama a atenção em tempos amargos para gigantes industrializados — Estados Unidos, União Europeia e Japão — vem perdendo com...

Lênin & McCartney

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O poder dos Beatles, do rock e da música são ainda pouco conhecidos e explorados. Não há maior licença poética do que ver as cenas do concerto de Paul McCartney na Praça Vermelha, em 2003. Moscou e uma multidão de mais de 100 mil fãs foram a platéia histórica para o show dele. Com canções dos Beatles, Wings e da sua carreira solo, Paul arrasou. O vídeo tem até depoimentos sobre os efeitos da "beatlemania" na fechada União Soviética e o que a música do grupo significou para os jovens russos. No repertório, músicas como "Live and Let Die", "Yesterday" e "Let It Be". Mas o mais legal mesmo foi "Back to USSR". A música virou verdade. Spassiba! (Obrigado em russo)

Apagão digital

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Sílvio Ribas Mais de 10 mil sites no mundo, inclusive no Brasil, se juntaram ao "apagão digital", protesto liderado ontem pelo Wikipedia, maior enciclopédia on-line, e pelo site de notícias sociais Reddit. As empresas da internet tiraram páginas do ar por 24 horas em reação a dois projetos de lei que punem a pirataria de conteúdo, em tramitação na Câmara e no Senado dos Estados Unidos. Apesar da grande expectativa, outros gigantes da internet, como Google, Facebook, Twitter e Amazon, apoiaram o movimento, mas não aderiram. As empresas de tecnologia se mostram preocupadas com os projetos conhecidos pelas siglas em inglês Sopa (Lei para parar a pirataria on-line) e Pipa (Lei de proteção à propriedade intelectual), que têm o apoio de grandes estúdios de cinema, gravadoras de música, editoras e outras companhias, que alegam perder bilhões de dólares em razão da pirataria. A votação no Congresso norte-americano está prevista para fevereiro. Desde a madrugada de ontem, os portais d...

Vale-educação

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Sílvio Ribas Para garantir a qualificação desejada dos funcionários, o grupo Vale criou em 2003 um departamento de educação, o Valer, responsável por tocar desde treinamentos básicos a até pós-graduações em renomadas universidades estrangeiras. Desde então, mais de 80 mil pessoas dentro e fora do país foram alvo de seus programas educacionais. A política abrange todos empregados, incluindo os recém-contratados. “A ideia é que cada um possa se desenvolver ao longo da carreira e assumir novos desafios. Dessa maneira, mantemos o padrão das operações e preparamos sucessores dentro de casa”, disse Carla Gama, diretora de educação da Vale. Ela lembra que a mineração requer mão de obra qualificada, de maquinistas de trem a engenheiros de portos, “que não é facilmente encontrada no mercado”. O grupo planeja investir US$ 21,4 bilhões este ano em vários projetos e para os quais pretende contratar 7,1 mil profissionais, sendo 4,5 mil no Brasil. Destes, cerca de 600 são engenheiros e 1,5 mil, téc...

Onda viral

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Sílvio Ribas Diante do sucesso internacional do cantor sertanejo Michel Teló graças à explosão de seu hit Ai Se Eu Te Pego nas redes sociais comentei o seguinte: A internet vêm puxando o tapete das grandes gravadoras desde o fim dos anos 1990. O primeiro golpe da rede mundial de computadores foi sobre a distribuição, ao criar uma revolucionária forma de adquirir música, pagando ou não por ela. As poderosas marcas tentaram ignorar a onda e perderam fatia bilionária de mercado para sites e internautas. Mas a tendência ainda mais devastadora para essas multinacionais viria depois com a revelação e a promoção dos próprios artistas no meio on-line. A lista de estrelas lançadas na web cresce assustadoramente e desafia, novamente, planos e modelos de negócios do império fonográfico. Alguns nomes são absorvidos pelo grande mercado tradicional, outros têm até sucesso global, mas só meteórico. Com sobrevivência em risco, a única certeza para as gravadoras é que a guerra de guerrilha está longe ...

Leilão de aeroportos ameaçado

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Restrição às aéreas estrangeiras, que já estudam pedir a impugnação do edital na Justiça, pode comprometer as concessões brasileiras Sílvio Ribas Grandes companhias aéreas internacionais estudam pedir impugnação do edital dos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Campinas, caso sejam impedidas de participar dos leilões de concessão marcados para daqui a um mês. Elas reclamam da amplitude da barreira levantada contra o setor, limitando a presença delas a apenas 2% do capital do consórcio vencedor de cada um dos terminais. Representantes de grupos que estão se formando para disputar a licitação disseram ao Correio que as multinacionais deverão, primeiro, solicitar esclarecimentos sobre o edital publicado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em 15 de dezembro. O prazo para esse procedimento se encerra no dia 16. A depender da reação do órgão regulador e do apetite das aéreas ou de suas coligadas em participar dos três certames, há riscos de formalização de pedidos de suspensão do l...