Tiradentes, presidente do Brazil

Neste 21 de abril de 2025, quando o Brasil relembra o sacrifício do alferes Joaquim José da Silva Xavier, vulgo Tiradentes, proponho imaginar um cenário alternativo: e se a Inconfidência Mineira tivesse triunfado?

Inspirados na revolução americana, os inconfidentes sonhavam com um Brasil bem diferente do que a História nos entregou. Se vitoriosos, teríamos fundado uma verdadeira república, moldada pelo ideal da 0liberdade: de empreender, de opinar, de construir uma sociedade com menos Estado e mais indivíduo.

Provavelmente seríamos uma confederação — não um Estado federal dominador. Cada estado teria sua autonomia fortalecida, refletindo as vocações regionais e criando polos de prosperidade. O espírito progressista que incendiou Minas Gerais em 1789 poderia ter se alastrado por toda a colônia portuguesa.

Com menos amarras burocráticas e mais fé na liberdade, talvez tivéssemos superado até mesmo os Estados Unidos em riqueza e inovação, projetando o Brasil como uma potência mundial já no século 19. Uma nação onde o mérito valesse mais que o berço, onde o dinamismo da sociedade civil traçasse o destino nacional, em vez da velha tradição de tutela estatal.

Tiradentes, imortalizado pela República Velha como mártir, poderia ter sido também um dos nossos primeiros presidentes. Mais que herói sacrificado, teria sido um dos pais fundadores de uma pátria diferente – livre, próspera e soberana desde o berço.

Hoje, ao reverenciarmos sua memória, também celebramos a coragem de sonhar com um Brasil maior — aquele que ainda podemos, quem sabe, fazer nascer.


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