4G na rua

Sílvio Ribas As quatro maiores operadoras de telefonia móvel do país completaram nesta terça-feira (30/4) os anúncios esperados para a primeira etapa da cobertura dos serviços de quarta geração (4G). No último dia do prazo fixado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), TIM e Vivo se juntaram a Claro e Oi, nos seus lançamentos comerciais. No leilão das licenças da frequência de 2,5 gigahertz (GHz), em junho de 2012, o governo estabeleceu que a internet de alta velocidade deveria ser ofertada em pelo menos metade das áreas urbanas das seis cidades sede da Copa das Confederações — Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza e Salvador. A Vivo acrescentou São Paulo à lista. Presente ao lançamento da Vivo, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, reagiu à recomendação da Proteste, associação de defesa dos consumidores, para que os brasileiros evitassem comprar aparelhos e planos da 4G por enquanto, em razão dos seus elevados preços e restrições técnicas. "As pessoas são inteligentes o suficiente para não aceitarem ser tuteladas", disse. Ele apostou que, até dezembro, o total de chips vendidos para a nova tecnologia vai superar os 4 milhões estimados pelo mercado. "Quando perceberem as vantagens, muitos vão querer migrar", observou. O presidente da Anatel, João Rezende, completou a reação lembrando que as concessionárias não correriam o risco entupir os call centers com reclamações. "Não temos como pedir ao consumidor para se comportar desta ou daquela forma", acrescentou. Em nota, a Proteste afirmou não ser "aconselhável" o consumidor investir em "uma tecnologia ainda cara, compatível com poucos celulares e disponível em poucas regiões de algumas cidades". Para a entidade, o lançamento da rede 4G pode ser caracterizado como propaganda enganosa, pois as restrições de cobertura vão fazer com que muitos usuários continuem a usar serviços baseados no 3G, pagando mais. Rezende, da Anatel, informou que desde ontem o órgão regulador começou a atuar na fiscalização dos novos serviços em celulares e tablets. Ele ressaltou que, ao contrário de algumas interpretações mais flexíveis, seja exigido a operação comercial e não apenas a oferta do sinal na nova faixa. "A operadora que não cumprir o previsto no edital sofrerá processo e pagará multa", avisou. Fonte: CorreioBraziliense.com.br (30/04/2013)

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