Três anos, duas manchetes

Em novembro de 2009, a reportagem de capa de novembro da revista The Economist, apostando tudo no sucesso brasileiro, superando até a China, atual segunda maior economia global, nos próximos anos foi badalada como nunca pelo governo. Ironicamente, exatos três anos depois, a mesma publicação britância coloca no chão, em outros três artigos, as suas impressões sobre o Brasil. Chama a presidente Dilma Rousseff de intervencionista-chefe da economia e pede a cabeça do ministro da Fazenda, Guido Mantega, o mesmo de antes. Para a revista houve colapso da confiança e o Produto Interno Bruto (PIB), que cresceu apenas 0,6% no terceiro trimestre, metade do previsto por Mantega, é uma "criatura moribunda". O que mudou? A revista ou a realidade? A presidente Dilma, a única mulher e a única economista a governar o país, tem o diagnóstico correto das razões de nossa estagnação: a baixa produtividade dos trabalhadores, a baixa competitividade do ambiente econômico e das empresas e outros fatores restritivos. Sabe que só o investimento direto pode nos tirar do atoleiro. Mas sempre coloca o remédio estatal na frente de tudo, seja como investidor, seja como fixador de novas e inesperadas regras do jogo capitalista. Confiança é tudo.

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