Figurinhas carimbadas

O vencedor das eleições presidenciais de outubro terá uma conquista extra pouco conhecida: o direito de virar selo. Desde o primeiro presidente, Marechal Deodoro da Fonseca (1889), até hoje, os chefes do Estado vêm formando uma notável galeria. Mas essa série emitida pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) só começou a ser regular em dezembro de 2003, com a emissão do selo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Uma portaria do Ministério das Comunicações baixada no fim de 2005 oficializou a regra para lançamento de selos presidenciais só no fim do ano seguinte ao término do(s) mandato(s) do homenageado, pondo fim a eventuais questionamentos. O próximo da fila de homenageados será Luís Inácio Lula da Silva, em 2011. Pela legislação atual, apenas ex-presidentes, o papa e medalhistas olímpicos podem ter seu rosto estampado nas correspondências.

Na coleção de selos dos ex-presidentes a única ausência é a de Fernando Collor de Mello, afastado do cargo por impeachment (1992). Mesmo assim, a chefe do Departamento de Filatelia e Produtos da ECT, Maria de Lourdes Torres de Almeida Fonseca, afirma que ele está representado por uma peça comemorativa à sua visita oficial à Antártida (1991), tendo apenas um brasão da Presidência e a inóspita paisagem da região gelada. “Poucos sabem, mas o Itamar Franco tem seu selo e até Tancredo Neves, homenageado este ano por seu centenário de nascimento, também, mesmo sem ter tomado posse”, conta a servidora paraense dedicada há 26 anos ao tema. As peças podem ser compradas em qualquer agência dos Correios ou na loja virtual www.correios.com.br/correiosonline.

Fonte: Sílvio Ribas/Brasil Econômico

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