Inocência verde









Quase sempre acho que coincidência não existe. Parece que o universo está sempre deixando avisos na nossa frente para informar de algum acontecido. Quando vi a notícia hoje de que o francês Maurice Druon, autor de O Menino do Dedo Verde, morreu ontem fiquei intrigado. Ontem mesmo retirei o livro da estante para lembrar do primeiro contato que tive com ele, nos anos 70. Quem está, como eu, na faixa dos 40 anos provavelmente leu a história de Tistu, o menino que consolova as pessoas espalhando flores pela sua cidade. O filho de Dona Mamãe e Senhor Papai já foi apontado como personagem de igual relevância para o imaginário universal como o Pequeno Príncipe. O livro escrito em 1957 aborda temas como pobreza, guerra e ecologia, tudo muito atual. Fiquei com saudade do jardineiro Bigode. Acho que lá em Curvelo tinha um personagem assim. A última capa acima, à direita, verde, é o que eu tive quando menino. O do meio, branca, é o que tenho hoje. Antes, a ilustração original da dupla professor bigode e Tistu, com o dedo polegar pra lá de fértil. Outra prova de que não há coincidência: peguei no livro sobre Guimarães Rosa da Fundação Moreira Sales para revê-lo minutos depois na vitrine de um shopping.

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