2024: Esperança versus Vingança

De um diálogo de programa infantil da TV Cultura pesquei uma frase que iluminou meus pensamentos. Ao concluir o quadro, o personagem proclamou a sabedoria de que "aliança impulsiona progresso, enquanto vingança conduz a retrocesso". É isso! Esperança rima muito mais com aliança do que com vingança. Num mundo assolado por guerras comerciais e bélicas, tanto frias quanto quentes, e em um país marcado por profundas divisões políticas e ideológicas, é crucial encontrar refúgio para nutrir a tal da esperança. Sem ela, tudo se desgasta, implode e vira cinzas.

A política, antes de se tornar a arena da contenda entre visões opostas e uma alternativa civilizada para confrontos mortais de desacordos, é também a busca pelo bem comum, um esforço de conciliação em torno do que deveria unir a todos. Democracia é sinônimo de tolerância, liberdade de expressão e respeito coletivo pelas individualidades. Tudo o que se opõe a isso, mesmo sob a bandeira da liberdade e da democracia, age como veneno camuflado de remédio administrado a um corpo enfermo.
É o óbvio que muitos teimam em não querer ver. Precisamos levar esclarecimento ao outro e não querer calá-lo. Isso serve para a educação dos filhos e para a paz de uma nação.
Que em 2024 possamos então escutar mais atentamente, ceder mais generosamente e fortalecer-nos através das melhores convicções. O fim do ano sempre nos convida a mergulhar em reflexões profundas e a compartilhá-las com aqueles que nos rodeiam. Meu desejo sincero de bem-estar a todos é uma pequena chama acesa, tremulando para tentar dissipar sombras de todo os nossos corações. Que o próximo ano seja repleto de união, compreensão e renovação. O chavão aqui é necessário. Recitemos os velhos votos para que eles nos guie para o futuro luminoso da esperança. FOGOS? Só de artifício.

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