Certas e incógnitas na bolsa

A animação recente dos investidores estrangeiros na bolsa brasileira é mais uma prova de que a corrida presidencial tem balizado os humores do mercado financeiro. A exemplo dos apostadores locais, os de fora também têm reagido negativamente às pesquisas eleitorais e de aprovação de governo que pareçam favoráveis à presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição. Nos últimos dias, a notícia do desaparecimento trágico do presidenciável Eduardo Campos (PSB), até então posicionado em terceiro lugar na disputa, e a sua esperada substituição pela candidata Marina Silva, vista como um fenômeno capaz de não só garantir a realização do segundo turno mas de também derrotar Dilma, deram novo aval ao otimismo. A despeito de o candidato Aécio Neves (PSDB) se mostrar como o mais amigável aos negócios e das incertezas que giram em torno de um eventual governo Marina, o desempenho dos pregões, sobre das ações de estatais, revela a grande convergência anti-Dilma. A avaliação geral é de que a única certeza está no fato de, reeleita, a presidente terá respaldo para manter a sua contestada política econômica e seu intervencionismo. É claro que entre uma especulação e outra, operadores profissionais sempre fazem dinheiro.

Comentários