Caos informacional


O que importa não é mais a visão das coisas em si, mas a relação entre elas. A era contemporânea vive, portanto, um momento de transição entre o paradigma da consciência e o paradigma da linguagem. Por meio do processo de informatização, o conhecimento passou a ser determinado pela capacidade de ser traduzido em informação bits. Anota Norbert Wiener: “o que importa não é a quantidade de informação, mas a quantidade de informação suficiente que, armazenada em um dispositivo de comunicação, serve como gatilho para a ação.”

Signos
Para se estudar o fenômeno da significação precisa-se partir da noção de caos. Tudo se inicia a partir da desordem e é após lançarmos convenções sobre ela é que começa a aparecer os primeiros firmamentos. O caos é, antes de tudo, o campo das infinitas possibilidades. A Teoria da Informação nos dá conta de que ser criativo é dar esse passeio pelo caos e pelas significações convencionadas. Criatividade, creio eu, é a capacidade de estabelecer conexões ou significações novas ou ainda novos níveis de significado às convenções existentes. E isto é claro depende do universo cognitivo de quem cria e o daquele para quem se cria. De um certo modo não existe a tal inspiração, mas sim a provocação de estímulos em nosso universo interior de signos que leva a uma idéia nova. É muito importante estar informado sobre o qual se lida. Isto é, um músico é tão ou mais criativo quanto o que tenha observado ao redor. Os jogos de linguagem são um exemplo claro de associação de forma e de ideias.

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