Ferrugem dos EUA

A morte, anunciada hoje, do ator Gary Coleman me fez lembrar imediatamente de um ícone da nossa infância. A trajetória do astro afro-americano tinha muito do nosso Ferrugem, apelidado por suas sardas e cabeleira ruiva. “Ortopé, Ortopé, tão bonitinho. Use Ortopé para proteger o seu pezinho. Tênis e botinha, sandálias, sapatinhos. Ortopé, Ortopé, tão bonitinho...”. Assim cantava no inesquecível comercial de TV o ator mirim Luiz Alves Pereira Neto, o Ferrugem. O jingle do Ortopé, tênis da moda nos anos 1980, se associou eternamente ao eterno menino de Barretos (SP), que começou cedo a carreira televisiva. Fez sucesso nos programas Gente inocente (Tupi), Mini-Júri e Boa Noite Cinderela (SBT) e os globais Balança Mas não Cai e Trapalhões, além de dezenas de outras participações. Chegou a apresentar o Clube da Criança ao lado de Angélica Media apenas 1,30 metro devido a uma inibição da hipófise, glândula do hormônio responsável pelo crescimento. Em 1988 deixou 12 anos de televisão e viajou para os Estados Unidos onde por dez anos fez um tratamento com hormônio sintético, que o fez atingir 1,62 metro. Foi assistente de João Gordo na MTV e tem uma banda de rock, a Banquete de Mendigos. Do Coleman, eu me lembro bem da especial participação dele num episódio do seriado Buck Rogers, no qual ele interpretada uma criança gênio, presidente de um país. Nostalgia pura! Thanks, Gary. O mundo sempre teve suas Shirley Temple, Maísa...

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