Chá de cadeira em extinção?

A vida moderna não nos impede de tomar um tradicional chá das cinco ou a hora que for. Salas de espera deveriam estar em desuso, mas hora agendada nem sempre é enconto marcado. Apesar de começar este post (uma desculpa para comentar a foto-ilustração que diz tudo) num tom pessimista, concluo dizendo que, mesmo com a crise atual, os serviços públicos estão se rendendo ao meio digital e, por isso, facilitando a vida dos cidadãos. Nossa herança ibérica está carregada de cartório e carimbo. Contudo, os computadores públicos começam a conversar entre si e agilizando a obtenção de dados e certidões negativas (a Previdência, reconheçamos, deu uma boa agilizada na concessão de benefícios. Demorou) até mesmo pela Internet. Experiências como PSIU, Na Hora, Poupa Tempo e outras forças-tarefa cidadania vingaram. Fico muito feliz também com as notícias de carteira de identidade unificada com chip e a facilidade do rastreamento (tracking) dos objetos postados na ECT. A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em seguir o exemplo dos tribunais do Rio Grande do Sul e mandar digitalizar as montanhas de papéis de processos precisa de reconhecimento. São centenas de milhões de documentos! E mais legal ainda: a lei que obriga as empresas prestadoras de serviços a fornecer no fim do ano um roll dos pagamentos nossos. Aplausos ao emergente e-government. Li que Portugal seguiu o modelo implantado na Bahia dos SACs (serviço de atendimento ao cidadão) e acabou com as filas históricas. Fim do chá de cadeira público e privado. OBS: paciência é mérito e também deve ser cultivada.

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