Noite dessas tive um sonho cinematográfico, místico e aparentemente repleto de presságios. Logo que despertei, consegui recobrar uma parte, talvez o epílogo. Nessa cena, voava a poucos metros do chão. Dentro de uma série de pousos e decolagens, por saltos, movidos por braçadas, tais como se “nadasse” no ar, cheguei a uma fina parede de fumaça sobre a qual um pequeno redemoinho cruzava transversalmente. O solo era calçado de pedras, iguais às da minha cidade no passado distante. Tal como se cumprisse um ritual, tirei do bolso uma moeda de pequeno valor, acredito que uns cinco centavos de real, e a atirei contra a cortina nebulosa. O alvo era o tal redemoinho. Ela varou a película translúcida e tocou o solo. Então eu também acompanhei seu percurso e a vi metade enterrada na terrinha entre as rochas do calçamento da rua. Daí veio o inesperado encantamento. Ao tirar a moeda, veio outra. E em volta surgiram escondidas naquela rua várias delas, de material mais nobre e origens estrangeiras. O que os intérpretes de sonhos me dizem? Vou prestar a ganhar muito din-din?
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