O longevo brilho das estrelas


A pandemia da Covid-19 arrefece mundo afora e abre alas para a retomada de rotinas de trabalho, estudo e lazer. As aglomerações de shows de artistas estão entre os mais festejados efeitos do resgate de normalidades, mas há nelas um detalhe ainda mais encorajador. Em homenagem à resiliência e como mensagem de esperança, estrelas idosas brilham nos palcos.

No último domingo (1º), Silvio Santos, maior mito da televisão brasileira, voltou a apresentar seu programa após o afastamento iniciado em agosto de 2021. Aos 91 anos, ele levantou a audiência do SBT e emocionou fãs. Um dia antes, o ator e cantor Tony Tornado, de mesma idade, cantou no palco do Caldeirão, na Rede Globo, com vozeirão vibrante, para surpresa geral.

Prestes a completar 80 anos, em 18 de junho, Paul McCartney fez na última quinta-feira (28) o seu retorno às turnês. Afastado da estrada desde julho de 2019, o sempre inquieto, criativo e laborioso beatle gravou um álbum solo, tocando todos instrumentos em estúdio próprio, além de se envolver em projetos paralelos, como relançamentos e o documentário Get Back.

Também no último sábado, 45 mil pessoas assistiram em São Paulo o show da banda nova-iorquina Kiss, liderada por Gene Simmons, de 72 anos. Ele e colegas trajavam figurinos pesados e fazendo estripulias no seu espetáculo. Nesse mesmo contexto, a estrela brasileira do jazz Flora Purim acaba de chegar aos 80 anos de vida lançando um novo álbum, após longo hiato.

A onda de felizes regressos iniciou no fim de agosto com o anúncio da banda sueca ABBA de que voltou 39 anos após a separação, com novas músicas e avatares holográficos. Anni-Frid Lyngstad (75 anos), Agnetha Fältskog (71), Björn Ulvaeus (76) e Benny Andersson (74) deram um aperitivo do que vão mostrar na temporada de disco e turnê Voyage, a começar em maio.

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