História do Curvelo


Fundou o lugarejo o padre Antônio Corvello de Ávila, do hábito de São Pedro, descendente da famosa Casa da Torre, e dele vem o nome da hoje próspera cidade. Um fenômeno lingüístico chamado corruptela transformou o topônimo Corvello em Curvelo. Em fins do século XVII, mais ou menos, baianos e paulistas, dentre outros desbravadores – aqueles subindo e estes descendo os rios São Francisco e Guaicuí, em busca de ouro e pedras preciosas –, tinham como pouso as margens do ribeirão Santo Antônio, o “bonito riozinho”, na definição de Richard Burton, estudioso e explorador inglês do período vitoriano. Alguns decidiram ficar nestas paragens e, em torno de humilde capela, deram início ao núcleo populacional.

Depois de existir como arraial e distrito, designado por outras denominações, Curvelo se desmembrou de Sabará e se tornou município autônomo, por um decreto da Regência, de 13 de outubro de 1831, tendo como sede a vila homônima. Em 30 de julho de 1832, foi instalada a Câmara de Vereadores. Em 7 de dezembro do mesmo ano, houve a ereção do pelourinho, símbolo da autonomia do poder, e, em 15 de novembro de 1875, a sede da comuna elevou-se à categoria de cidade.

Destacou-se durante longos anos na cotonicultura, sendo considerada a “terra do ouro branco” e contribuindo para o processo de industrialização do ABC dos Mascarenhas = A de Alexandre, B de Bernardo e C de Caetano. Aliás, sua rica indústria receberia prêmio internacional na Itália, em Turim, no ano de 1911. Teve e ainda tem grande evidência em outros setores, como agropecuária, educação, comércio, serviços, cultura e saúde. A propósito, clinicava em solo curvelano o médico José Lourenço Vianna Filho, o Doutor Juca, que descobriu a miopia em Guimarães Rosa, escritor que considerava Curvelo “a capital” de sua literatura. É a cidade-mãe de muitos distritos hoje emancipados, tais como Felixlândia, Morro da Garça, Presidente Juscelino e Santana de Pirapama.

Fonte: Prefeitura Municipal de Curvelo (www.curveloportaldosertao.com.br)

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