Sobre Seu Jota, da Farmácia Jota

Alfredo Marques Vianna de Goes, redator do jornal Centro de Minas, durante a direção de Altino Argemiro Júnior, queria escrever sobre a figura de João Camilo de Oliveira Penna, conhecido como Seu Jota. No entanto, por respeito à família Oliveira Penna, que tinha grandes expoentes da intelectualidade, o redator sentiu-se inseguro em assumir o trabalho sozinho. Então, ele encorajou várias pessoas a escreverem sobre o tema, até que encontrou Mauro Moreira, que ficou empolgado com a ideia e acabou escrevendo a biografia de Seu Jota.

O redator conheceu o biografado desde criança, quando ele era farmacêutico e amigo de sua mãe. Seu Jota foi um pioneiro no desbravamento de uma região sertaneja, onde havia falta de médicos e remédios, e trabalhadores de todas as classes morriam ou adoeciam de febres e outros males. Ele era admirado por sua coragem física e moral, sua renúncia e estoicismo.

A construção da velha ferrovia exigiu sacrifícios humanos, sem distinção de classe ou profissão, e o ambiente era hostil, com constantes tumultos, mortes e feridos, além de ataques de animais selvagens. Essas lutas e tragédias foram marcadas nas localidades criadas, como Lassance, onde as primeiras ruas receberam nomes sugestivos, como Rua da Faca, Rua do Tiro e Rua do Chumbo. A história de Seu Jota é importante para a região e merece ser contada para fazer justiça à sua vida e legado.

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