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Mostrando postagens de abril, 2016

Virar a página

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A Câmara dos Deputados deu uma contribuição significativa para que se inicie um novo tempo no Brasil. Os deputados de diversos partidos caminham para colocar juntos um ponto final em um período de graves perdas econômicas e sociais para o país, virando uma página amarga da história. Logo após a confirmação desse momento alvissareiro, também seremos todos convidados a começar a escrever um roteiro diferente, o roteiro de superação. Seremos honrados com a chance de pintar um outro cenário, bem diferente do atual, com as cores da esperança. Sim, meus amigos, a hora é de se abrir alas ao otimismo, de escancarar as janelas para a boa vontade e de dar a prevalência necessária ao espírito público. Depois de quase dois anos de uma longa agonia provocada pelo impasse político instalado desde a campanha presidencial de 2014, a grande maioria dos representantes do povo na Câmara dos Deputados cumprirá o seu papel constitucional, encaminhando uma saída para o que nos aflige a todos. O moment...

A soma dos cacos

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Por Sílvio Ribas O Brasil está quebrado. Chegamos ao segundo ano de uma retração econômica aguda, que empobrece sem dó a todos os bolsos e deixa mais distante o caminho da retomada do crescimento. E o mais triste disso tudo é saber que o país poderia ter evitado essa agonia toda se o setor público tivesse agido com o mínimo de responsabilidade com seus gastos. Infelizmente, as motivações partidárias passaram por cima do interesse geral, da República e do bom senso. Restaram agora gigantescas pilhas de destroços muito difíceis de serem removidas. Esses escombros podem e devem servir de lição para governantes e contribuintes, no sentido de não mais deixar a euforia dos tempos de fartura nos desviar do essencial. Só uma visão nova sobre como nortear as relações cotidianas entre estruturas públicas e interesses privados pode levar a roda da fortuna girar de novo sem perda de sustentabilidade. Tomara que tenha ficado bem claro para o cidadão comum que a angustiante coincidên...

A mentira como defesa

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Por Sílvio Ribas De tudo já se viu na história política brasileira. Desde o seu começo, a República foi abalada por diferentes turbulências que levaram à renúncia, à derrubada, ao impedimento e até ao suicídio do presidente. No seu episódio mais sombrio, o chefe do Executivo deixou o cargo pela imposição das armas, o golpe militar de 1964. E no maior teste que sofreu durante o atual período democrático, o instrumento constitucional do impeachment foi levado adiante, em 1992, atendendo ao desejo das ruas e ao zelo pela normalidade institucional. A crise atual nos traz novamente ao processo extremo do impedimento, marcado pelo pleno funcionamento das instituições republicanas. O país está mal em muitos aspectos, mas a sua democracia mostra inegável vigor e saúde. Embora o impasse esteja sendo abordado pelos mecanismos previstos pela Constituição e o seu encaminhamento pelo Congresso Nacional goze do apoio da grande maioria da população, ele acabou encontrando agravantes no...

Saudades da Noruega

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Minha visita ao país dos vikings e do bacalhau, em 2011, acompanhado de outros jornalistas brasileiros, foi registrada numa revista local de culinária.

Varejão da República

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Nos últimos 13 anos, a sociedade brasileira tem assistido a tantos desrespeitos com a coisa pública, a tantos escândalos de escala bilionária e tantas práticas abjetas na política que muitos até nem mais acreditam na correção dos erros pela razão e pela democracia. O fato é que as instituições estão funcionando e os milhões homens e mulheres de bem deste país não se deixaram nem vão se deixar acomodar com uma tragédia moral dessas, que vai muito além do imaginado e que se soma à ruína econômica e a degradação social. Na semana passada, com o anúncio do desembarque do PMDB do governo, a presidente Dilma se superou. Para tentar barrar o processo de impeachment na Câmara, iniciou uma escancarada liquidação de ministérios e de cargos, atuando em favor de um varejão da República. A Procuradoria Geral da República precisa investigar os atos da presidente e do seu ministro Jaques Wagner, para apurar seus atos de improbidade administrativa ocorridos publicamente. Em se comprovando a cu...