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Mostrando postagens de 2015

Onda de lama

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Parece piada pronta se não fosse trágico. Mas uma nova onda de lama está mostrando o Brasil real que estava debaixo de nossos pés. O mundo assistiu espantado à tragédia ocorrida no dia 5 de novembro em Mariana, Minas Gerais, com o rompimento de duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco. O primeiro impacto foi a destruição de um distrito do município, desabrigando cerca de 530 pessoas e deixando ao menos dois mortos e 26 desaparecidos.   Uma das maiores catástrofes ambientais da história de Minas Gerais estendeu seus efeitos a jusante para o Espírito Santo, no curso do Rio Doce até o mar. O tsunami de lama tóxica chegou poucos dias depois ao estado litorâneo, provocando alertas imediatos sobre riscos à sobrevivência da fauna e da flora, à geração de energia hidrelétrica e à manutenção do abastecimento de água para os municípios capixabas de Baixo Guandu, Colatina e Linhares, nesta ordem. O momento é de unir forças, socorrer vítimas e defender a população ribei...

Meta fiscal?

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   A situação catastrófica das contas públicas da União faz sobrar incertezas no horizonte da economia brasileira. Os rombos e arroubos com que o governo tenta atualizar os seus prognósticos e a sua meta fiscal parece algo regido pela centenária Teoria da Relatividade Geral, elaborada do físico alemão Albert Einstein.    Chegamos a isso devido à completa ausência de previsibilidade sobre despesas e receitas, o que devem acelerar o rebaixamento das notas de crédito do país pelas demais agências internacionais. E nesse meio tempo, a dívida pública federal já alcançou R$ 2,7 trilhões, puxada pelos déficits orçamentários e pelos juros elevadíssimos.    Ao longo dos últimos 12 meses, o governo Dilma Rousseff deu início a uma série de revisões, cada vez mais assombrosas e pioradas a despeito das medidas propostas para reequilibrar o Orçamento federal. O quadro surreal a que chegamos mostra um ciclo de dificuldades mais longo e indicadores econômicos totalment...

Vencedores do Prêmio Esso 2015

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Jornalismo Paulo Saldaña, Rodrigo Burgarelli e José Roberto de Toledo: “Farra do Fies”, no jornal “Estado de S. Paulo”. Telejornalismo Domingos Meirelles, Gustavo Costa, Lúcio Storm, Marcelo Magalhães, Michel Mendes, Valmir Leite, Caio Laronga, Natália Florentino e Rafael Ramos: “As eternas escravas”, transmitida na “TV Record”. Reportagem Cássia Almeida, Henrique Gomes Batista, Danilo Fariello, João Sorima Neto, Roberta Scrivano, Letícia Lins, Vivian Oswald e Fernando Eichenberg: “Anda e para”, jornal “O Globo”. Fotografia Dida Sampaio, com a foto “Lava Jato Planalto”, publicada no jornal “Estado de S. Paulo”. Informação econômica Vicente Nunes, Rosana Hessel, Antonio Temóteo, Deco Bancillon, Diego Amorim, Sílvio Ribas, Bárbara Nascimento, Simone Kafruni e Ana Paula Lisboa: “O Brasil cai na real”, no “Correio Braziliense”. Informação científica, tecnológica ou ambiental Dimmi Amora, Lalo de Almeida, Eduardo Geraque, Fernando Canzian, Rafael Garcia, Marcelo Leite, Pil...

Gêmeos separados no berço

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Perdão, mas não resisti às comparações, uma histórica, outra fanfarrônica e mais outra irônica.

Lula e as pedaladas

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As declarações de Luís Inácio Lula da Silva nos últimos dias, saindo em defesa explícita das chamadas pedaladas fiscais cometidas pelo governo de sua sucessora Dilma Rousseff, consolidam a face mais deplorável do ex-presidente. Lula, que entrou para a história como o mais popular líder do país, também será lembrado como alguém que colocou o projeto de poder acima da legalidade e do respeito à inteligência e integridade do povo. A absurda ideia de que as pedaladas nas contas da presidente em 2014 seriam aceitáveis porque foram feitas supostamente em função da manutenção dos desembolsos de programas sociais começou no Planalto e atingiu o seu tom mais populista no discurso de Lula. O argumento usado para justificar o injustificável só serve mesmo para dar ânimo e orientação à militância em meio ao caos produzido pela mesma orgia fiscal. A recessão, a inflação e o desemprego são frutos das manobras bilionárias com recursos do Orçamento visando a reeleição. Igualmente óbvio é que nada...

Advocacia política da AGU

Sílvio Ribas A Advocacia-Geral da União tem um dos mais importantes papeis no âmbito da Administração Federal. Cabe à AGU defender os interesses do Estado brasileiro, buscando preservar o patrimônio público, a soberania nacional e a cidadania. Apesar disso, o que temos visto nos últimos anos, especialmente durante as gestões da presidente Dilma Rousseff, foi a distorção completa desses princípios e uma ação intencional para apequenar a missão da AGU. O aparelhamento político que avançou sobre instâncias de poder no país levou o advogado-geral da União a extrapolar sua missão e se tornar um servidor que coloca as demandas do governo de plantão acima das do Estado. O titular da AGU converteu a sua posição a de um defensor incansável das repetidas práticas condenáveis do Executivo em todas as instâncias, sejam elas jurídicas ou não. O resultado disso é o quase total descrédito do ministro, dentro e fora da instituição. A forma como advogou em defesa da presidente Dilma perante a ...

A alma do Jornal

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Sílvio Ribas Ele poderia ter sido apenas um comerciante de móveis numa pequena cidade do sertão mineiro. Mas não. Alcançou estatura de grande benfeitor de sua amada Curvelo, ao enveredar pela desafiadora trilha do jornalismo. Após 85 anos de vida, deixou uma contribuição notória ao progresso de sua terra e à valorização de seus conterrâneos, por meio do trabalho perseverante, da informação noticiosa e da oferta generosa de autoestima coletiva.   Raimundo Martins dos Santos, o eterno Diquinho, fundador e diretor-presidente do jornal Curvelo Notícias (CN), editado desde maio de 1959, foi, por décadas seguidas, a referência maior da imprensa curvelana. Trata-se de um feito pessoal dificílimo de ser repetido, considerando a avalanche digital a espicaçar a mídia impressa na atualidade.   Dono de personalidade muito própria, o empresário e colunista Raimundo Martins militou também na política e como dirigente lojista. Contudo, o que gostava mesmo era d...

TPP: Brasil isolado

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Sílvio Ribas O comércio global é um jogo que nunca deixou de ser jogado, tendo como jogadores países grandes e pequenos economicamente, mas todos empenhados com igual vigor para abrir espaços e caminhos para vender suas mercadorias. Nas últimas décadas, essa disputa em escala internacional se intensificou como nunca, apesar de todos impasses para construir acordos multilaterais mais amplos. O Brasil, contudo, parece não ter despertado para essa realidade que o afeta cotidianamente. As capas dos jornais destacam hoje o anúncio feito ontem da chamada Parceria Transpacífica, o acordo histórico firmado entre Estados Unidos, Japão e outros 10 países, com perspectivas de perdas para as exportações do Brasil e de ampliação do seu isolamento. Após sete anos de intensas negociações, a Parceria Transpacífica ou TPP, na sigla em inglês, avança para além da derrubada de tarifas e de barreiras não-tarifárias. Ela aponta também para novas regras comerciais baseadas na produção sustentável e n...

Marcha da insensatez

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Sílvio Ribas A sociedade brasileira acompanha estarrecida nessas últimas semanas mais um capítulo triste de um governo que é sinônimo de crise. A reforma ministerial anunciada hoje pela presidente Dilma Rousseff e negociada nas últimas semanas com caciques partidários envergonha a República. Titulares do primeiro escalão são demitidos, nomeados e realocados com o único propósito de prolongar o prazo de permanência da atual gestão. Nove meses após o início de seu segundo mandato, a presidente Dilma intensifica movimentos que apenas coroam o pior exemplo deixado pela era do PT no poder. O vale tudo na troca de cargos por votos no Congresso Nacional corre solto e sacrifica as quase boas intenções que restavam no trato com o dinheiro público e no cumprimento das obrigações reservadas à mais alta autoridade do país. Totalmente divorciada dos princípios republicanos e das promessas feitas aos seus 54 milhões de eleitores, a presidente se ajoelha perante os interesses partidários mais...

Fiasco do Pré-Sal

http://www.correiobraziliense.com.br/app/outros/videos/dailymotion/2015/06/30/video-dm,1043/21-10-silvio-ribas-explica-o-resultado-da-1-rodada-de-licitacao-do-pre-sal.shtml

Uber: sem medo do novo

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Ricardo Ferraço *  O tempo não para e as novas tecnologias ainda impõem rápidas transformações cotidianas na sociedade, nos seus hábitos, nas formas de cada pessoa tocar a vida. No mundo atual, onde negócios inovadores florescem todo dia, impulsionados pela revolução digital, surgem também novos desafios para o trabalho, para as formas de as empresas atuarem e para a legislação. Nesse embalo surgiu o Uber, serviço de transporte individual que está no centro de uma polêmica mundo afora e que chegou ao Brasil também despertando fortes reações do público. Os brasileiros estão envolvidos com mais um movimento de ruptura, de inovação voltada à busca de comodidade, de facilidade e de dinamismo na rotina das pessoas. O Uber começou a funcionar, em 2010, nos Estados Unidos e hoje está presente em 320 cidades de 58 países, com permanente evolução das atividades e elevados níveis de satisfação. De posse de seu tablet e smartphone, os usuários acessam um benefício que, sem dúvida nenh...

Horizonte trêmulo

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Por Sílvio Ribas O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, convocado para arrumar a casa com suas “mãos de tesoura”, parece ter perdido a sua razão de ser. A austeridade esperava dele foi sendo, dia após dia, desmontada por uma série de revelações de rombos ainda mais largos. A meta de ajuste recuou acentuadamente e nem deverá ser cumprida, o retorno da CPMF entrou na roda e, por fim, a proposta orçamentária de 2016 trouxe uma sincera meta deficitária de R$ 30,5 bilhões. Há especialistas que acreditam num buraco duas vezes maior em razão de gastos omitidos e das inconsistências de receitas. Sem credibilidade, a desconfiança avança junto com o dólar, com os juros, com a dívida federal e com a desarmonia entre os entes federados. É uma rodovia fervente a produzir horizonte trêmulo. Mandar ao Congresso um Orçamento vergonhoso é, na prática, uma confissão de derrota e um grito de socorro do Executivo ao Legislativo. O gosto amargo de anos de irresponsabilidade fiscal emerge de u...

Solução de mobilidade

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Sílvio Ribas Uma das questões mais comentadas no momento, sobretudo nas maiores cidades, trata da legalidade dos serviços prestados no país pela empresa norte-americana de tecnologia Uber. O aplicativo (app) que conecta motoristas autônomos e usuários interessados em uma alternativa de transporte individual despertou reações extremadas do público, seja de apoio à iniciativa ou, infelizmente, de repúdio, incluindo transtornos no trânsito a profissionais e até mesmo a passageiros. Diante desse tema que ganhou rapidamente as ruas e do impasse em torno da suposta clandestinidade de algo que é fruto da revolução digital em curso, parlamentares e governantes do país têm sido chamados a dar resposta legal, para pôr fim às dúvidas. Não há mesmo como lutar contra o inevitável, contra a evolução de serviços e de negócios movida pelas mudanças dos padrões tecnológicos e pelos novos costumes da sociedade. O papel do legislador é criar o ambiente jurídico ideal para o livre desempenho da...

Ventanias de agosto

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Conceição Freitas Agosto é o mais airado dos meses. Nele, as folhagens tremulam, as saias sobem, as roupas brincam de trapézio no varal, a poeira se revolta e os cabelos se amarfanham. Qu ando convocou arquitetos para o concurso do Plano Piloto, Niemeyer avisou: ventos leste sopram no território onde será construída a capital. Vem do Atlântico, a brisa que nos embala. Brasília é a fronteira das ventanias litorâneas. Elas avançam sobre a Bahia, contornam as montanhas de Minas e se dão por satisfeitos na capital do país. É interessante observar o mapa climatológico do Inmet. Setinhas e setonas, cujo tamanho indica a intensidade e a direção dos ares.   Embora se tenha a sensação de que Brasília é uma cidade de ventos revoltosos, a velocidade das rajadas e das brisas é de, em média, 7,2 km por hora. No litoral, é de 10 a 15 km/h. Pairando a mais de mil metros acima do nível do mar, os brasilienses têm a sensação de que os ventos de agosto são ondas de um mar airado....

Receita da vida longa

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Viver mais e melhor O que é preciso fazer para se chegar aos 100 anos e, principalmente, em boas condições físicas, segundo a ciência? Eis aqui 13 chaves. 1. Reduza seu consumo de calorias. 2. Não se esqueça dos brócolis, das frutas e do café. 3. Uma vez por semana coma torradas com gordura de porco. 4. Mantenha distância dos pneuzinhos. 5. Caminhe meia hora por dia. 6. A partir dos 70, seja precavido com seus movimentos. 7. Não cruze os braços diante da disfunção erétil. 8. Durma até 10 horas. 9. Leia e jogue. 10. Viva em casal. 11. Conserve seus amigos. 12. Não desvalorize o cuidado de seus dentes. 13. Vá ao médico quando precisar.

O rio morreu de sede

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Serviço Social: Essa é pra recordar... : Bem gente, não sou poetisa, mas o PETI me ensinou muitas coisas boas, dentre elas a fazer rabiscos. Em 6 anos que estive por lá, muito apre...

Impasse econômico e político

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Sílvio Ribas O angustiante momento em que se encontra o nosso país está cobrando do Congresso soluções para a crise econômica e os seus desdobramentos políticos, respondendo aos anseios dos empresários e trabalhadores. Ao nos encontrarmos na segunda metade do ano, ficou ainda mais clara os deveres de casa reservados a cada um de nós – sociedade, Parlamento e governo –, para impedir que o cenário nebuloso da política e da economia avance para uma quadra ainda mais penosa e de difícil reversão. As notícias que levam cada vez mais aflição aos brasileiros, com inflação alta, recessão e juros nas alturas, têm como pano de fundo uma governabilidade em declínio, resultado da perda de confiança na presidente da República. O presente pesadelo fiscal requer serenidade e firmeza. O grave momento exige coragem para encarar a dura realidade e tomar as medidas justas e urgentes. A recessão tem o capítulo mais perverso no desemprego, que beira agora 7%. O assombroso rombo das contas da Uni...

Santos Dumont, empresário

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  Recomendo! O professor Nixon Diniz Pereira acaba de lançar Mãos de Ícaro, uma inusitada biografia de Santos Dumont, mostrando o lado empreendedor do Pai da Aviação. Tive a oportunidade de acompanhar o rigor da pesquisa, que resultou em uma contribuição para a memória nacional e uma inspiração ao mundo de negócios. Mais informações: www.pensamentoegestao.com.br , e no http://ciadoebook.com.br/…/maos-de-icaro-o-perfil-empreende…

Retoques infames

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A velhinha espanhola Cecília Gimenez atacou agora no Senado brasileiro? Após a sua desastrada restauração do afresco Ecce Homo, de Elías García Martínez, no Santuário da Misericórdia de Borja, ela parece ter “retocado” o retrato do senador paraense Alvaro Adolpho da Silveira (1882-1959). Olhem só como ele ficou no painel dos ex-presidentes da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Ideias de Joe Santos

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Acadêmico com carreira também bem-sucedida no meio empresarial, o português José Santos, 64 anos, é escritor, ensaísta e professor de gestão internacional da escola de negócios Insead, com sede em Fontainbleau, França. Joe, como também é conhecido, atuou por mais de 20 anos como executivo de multinacionais na Itália e Portugal. Formado em Engenharia pela Universidade do Porto e mestre em Ciências Administrativas pela Universidade de Londres, é coautor do livro From Global to Metanational: How Companies Win in the Knowledge Economy (2001), escrito em parceria com os colegas Yves Doz e Peter Williamson. A obra introduz o conceito de metanacionais, empresas que desenvolvem seus produtos, bens ou serviços, ou criam um processo novo, a partir de tecnologias, competências e conhecimentos dispersos pelo mundo. Segundo o texto, consolidou-se um fenômeno que escapa às teorias tradicionais sobre multinacionais, tanto na economia quanto na gestão estratégica. Metanacionais como Huawei, ...

Darth Vader no Planalto

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Em Brasília, 17 horas. Toda sexta-feira, a Banda Marcial dos Dragões da Independência inicia a sua breve apresentação em frente ao Palácio do Planalto tocando sempre a marcha imperial de Star Wars, mais conhecida como a música-tema do Darth Vader. Turistas, transeuntes e os que trabalham no endereço público número um e na torre do Senado conseguem ouvir esse momento curioso. Alguém aí tem o vídeo?