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Mostrando postagens de julho, 2009

O bruto também ama

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Faroeste cabloco Renato Russo Não tinha medo o tal João de Santo Cristo Era o que todos diziam quando ele se perdeu Deixou prá trás todo o marasmo da fazenda Só prá sentir no seu sangue o ódio que Jesus lhe deu Quando criança só pensava em ser bandido Ainda mais quando com tiro de soldado o pai morreu Era o terror da cercania onde morava E na escola até o professor com ele aprendeu Ia prá igreja só prá roubar o dinheiro Que as velhinhas colocavam na caixinha do altar Sentia mesmo que era mesmo diferente Sentia que aquilo ali não era o seu lugar Ele queria sair para ver o mar E as coisas que ele via na televisão Juntou dinheiro para poder viajar E de escolha própria escolheu a solidão Comia todas as menininhas da cidade De tanto brincar de médico aos doze era professor Aos quinze foi mandado pro reformatório Onde aumentou seu ódio diante de tanto terror Não entendia como a vida funcionava Descriminação por causa da sua classe e sua cor Ficou cansado de tentar achar resposta E comprou um...

A love story

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Eduardo e Mônica Renato Russo Quem um dia irá dizer que existe razão Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer Que não existe razão? Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar Ficou deitado e viu que horas eram Enquanto Mônica tomava um conhaque Noutro canto da cidade Como eles disseram Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer Foi um carinha do cursinho do Eduardo que disse - Tem uma festa legal e a gente quer se divertir Festa estranha, com gente esquisita - Eu não tou legal, não agüento mais birita E a Mônica riu e quis saber um pouco mais Sobre o boyzinho que tentava impressionar E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa - É quase duas, eu vou me ferrar Eduardo e Mônica trocaram telefone Depois telefonaram e decidiram se encontrar O Eduardo sugeriu uma lanchonete Mas a Mônica queria ver o filme do Godard Se encontraram então no parque da cidade A Mônica de moto e o Eduardo de camelo O Eduardo achou estran...

Nunca mais!

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O Corvo (Edgar Allan Poe, tradução de Machado de Assis) Em certo dia, à hora, à hora Da meia-noite que apavora, Eu, caindo de sono e exausto de fadiga, Ao pé de muita lauda antiga, De uma velha doutrina, agora morta, Ia pensando, quando ouvi à porta Do meu quarto um soar devagarinho, E disse estas palavras tais: "É alguém que me bate à porta de mansinho; Há de ser isso e nada mais." Ah! bem me lembro! bem me lembro! Era no glacial dezembro; Cada brasa do lar sobre o chão refletia A sua última agonia. Eu, ansioso pelo sol, buscava Sacar daqueles livros que estudava Repouso (em vão!) à dor esmagadora Destas saudades imortais Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora. E que ninguém chamará mais. E o rumor triste, vago, brando Das cortinas ia acordando Dentro em meu coração um rumor não sabido, Nunca por ele padecido. Enfim, por aplacá-lo aqui no peito, Levantei-me de pronto, e: "Com efeito, (Disse) é visita amiga e retardada Que bate a estas horas tais. É visita que pede à ...

O sentimento

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O Amor Gibran Khalil Gibran Quando o amor o chamar Se guie Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados E quando ele vos envolver com suas asas Cedei-lhe Embora a espada oculta na sua plumagem possa feri-vos E quando ele vos falar Acreditai nele Embora a sua voz possa despedaçar vossos sonhos como o vento devasta o jardim Pois da mesma forma que o amor vos coroa, assim ele vos crucifica E da mesma forma que contribui para o vosso crescimento Trabalha para vossa poda E da mesma forma que alcança vossa altura e acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol Assim também desce até vossas raízes e a sacode no seu apego à terra Como feixes de trigo ele vos aperta junto ao seu coração Ele vos debulha para expor a vossa nudez Ele vos peneira para libertar-vos das palhas Ele vos mói até extrema brancura Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis Então ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma no pão místico do banquete divino Todas essas coisas o amor operará em vos para que...

Feriados do ano

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01/01/2009 Quinta-Feira Confraternização Universal 24/02/2009 Segunda-Feira Carnaval 10/04/2009 Sexta-Feira Paixão de Cristo 21/04/2009 Terça-Feira Tiradentes 01/05/2009 Sexta-Feira Dia do Trabalho 11/06/2009 Quinta-Feira Corpus Christi 07/09/2009 Segunda-Feira Independência do Brasil 12/10/2009 Segunda-Feira Nossa Sra. Aparecida 02/11/2009 Segunda-Feira Finados 15/11/2009 Domingo Proclamação da República 25/12/2009 Sexta-Feira Natal

Little J

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Joãozinho é palavra poética. Junta um Jo com um aumentativo e um diminutivo. E vira o mais querido dos nomes.

História do Curvelo

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Fundou o lugarejo o padre Antônio Corvello de Ávila, do hábito de São Pedro, descendente da famosa Casa da Torre, e dele vem o nome da hoje próspera cidade. Um fenômeno lingüístico chamado corruptela transformou o topônimo Corvello em Curvelo. Em fins do século XVII, mais ou menos, baianos e paulistas, dentre outros desbravadores – aqueles subindo e estes descendo os rios São Francisco e Guaicuí, em busca de ouro e pedras preciosas –, tinham como pouso as margens do ribeirão Santo Antônio, o “bonito riozinho”, na definição de Richard Burton, estudioso e explorador inglês do período vitoriano. Alguns decidiram ficar nestas paragens e, em torno de humilde capela, deram início ao núcleo populacional. Depois de existir como arraial e distrito, designado por outras denominações, Curvelo se desmembrou de Sabará e se tornou município autônomo, por um decreto da Regência, de 13 de outubro de 1831, tendo como sede a vila homônima. Em 30 de julho de 1832, foi instalada a Câmara de Vereadores. Em...

Simplesmente João

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Sílvio Ribas Que diferença faz um bebêzinho nas nossas vidas. Rejuvenecemos, ganhamos nova perspectiva de vida, nos percebemos em estado de graça e agimos como tolos apaixonados. Tenho um filho em pleno processo de gestação. O nome dele é João. Apenas João. E ele faz toda a diferença. Será na vida aquilo que quiser, mas terá todo meu apoio para saltar o mais seguro possível no voo solo. Quero que cresça forte e saudável, uma tarefa que não posso transigir. Espero transmitir ao Joãozinho bons exemplos, apontar horizontes e estrelas e colaborar com outros milagres gerados pelo amor. Papai e mamãe estão esperando você de braços abertos, meu filho. Com todo o amor que eles têm.

Crise mundial: façam as suas apostas

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Sílvio Ribas A reunião de cúpula do G8 — grupo formado pelos sete países mais ricos do mundo (não necessariamente as maiores economias) mais a Rússia (acrescentada ao foro em 1998 por ser potência nuclear) — não trouxe grandes decisões, após três dias na cidade italiana de L’Áquila (com ou sem acento?), devastada por terremoto. Mas trouxe sinalizações interessantes sofre o futuro econômico do planeta, que enfrenta atualmente sua maior crise desde a década de 1930. O maior mercado consumidor mundial, os Estados Unidos, avisam: o tombo que sofreram terá consequências fortes nos próximos anos, a ponto de a nação não mais confiará seu progresso à gastança desenfreada, com déficits comercial e fiscal cobertos pelos títulos do Tesouro vendidos a governos emergentes. É o que o próprio presidente Barack Obama disse ao colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Percebe-se também que EUA e Uniao Europeia torcem para que as nações em desenvolvimento comprem mais seus próprios produtos, ficando...

Três poeminhas sensacionais

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Lasmito não ter a capacidade de memorizar os belos poemas que li. Tenho preferência por Carlos Drummond (o maior de todos) e Pablo Neruda (o mais inspirador de todos). Recolho e registro aqui três trechos poéticos que me chamaram a atenção pela ironia com jogo de palavras (semas). Vejamos: Poeminha do contra (Mario Quintana) “Todos estes que aí estão Atravancando o meu caminho, Eles passarão… Eu passarinho!” Mãos dadas (Carlos Drummond de Andrade) “Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. (...) Não serei o cantor de uma mulher, de uma história. Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela. Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida. Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins. O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente”. Tecendo a Manhã (João Cabral de Melo Neto) “Um galo sozinho não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos. De um que apanhe esse grito que ele e o la...

Apo11o: maior aventura do homem faz 40 anos

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Neste ano, mais precisamente no próximo dia 27, a Missão Apollo 11, da Nasa, completa 40 anos. Na época, eu estava em outra nave mãe, pois nasceria meses depois. Esse é o retrato de 1969 (talvez o do século 20 ou o primeiro sinal da chamada Era de Aquário, como meu pai astrólogo faz questão de ressaltar), com os astronautas Louis Armstrong e "Buzz" Aldrin acenando para a câmera ou fazendo as pegadas mais famosas da história. A Guerra Fria deu à humanidade esse presente caríssimo nos dois sentidos. A conquista da agência espacial norte-americana, dos Estados Unidos, do mundo enfim, mudaria a mentalidade de boa parte das pessoas acerca dos trunfos da ciência e da intrepidez humana. Foi um feito comparado aos dos grandes navegadores do século 16, sem sucessores até hoje.

Casal de vizinhos

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Sílvio Ribas Uma das coisas mais interessantes que descobri nesses dois anos de Brasília é que nunca estive tão perto dos outros bichos do cerrado. Digo isso porque também me considerado parte desse bioma, um indivíduo com pouco conhecimento dos outros representantes de uma rica fauna. Poucos metros de nosso endereço na capital do país vive um casal de corujinhas, que já se mudou pelo menos uma vez. Os ressabiados vizinhos ficam horas parados no mesmo pedaço de chão, próximo de um buraco onde devem ter um ninho. Dali sobem para uma árvore e continuam montando a guarda. Quem ousar se aproximar mais para fotografar as aves notívagas (não parecem preferir a noite ao dia) ouve os protestos delas, com as asas abertas, quando não ameaçam pular na gente. "Minhas" corujinhas são lindas.

Acontecimento Alissareiro

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Não sei se lembram do antalógico (de anta) artigo de João Amazonas na Folha de S. Paulo, em 20 de agosto de 1991, aplaudindo o golpe de Estado contra Mikhail Gorbachev, líder da URSS que fora isolado na Criméia. Amazonas classificou o ocorrido de “um acontecimento alvissareiro” (título do artigo). Opositor, desde o início, da Perestroika, o presidente do PCdoB avaliou que a derrubada do dirigente soviético interrompia um “processo regressivo” de restauração capitalista. E que o golpe era um passo importante para a retomada da “caminhada pela reconquista do socialismo”.

My short notes

SWITCH THE CHANNEL Television is the greatest social phenomenon in Brazil. As far as we know, it brings good and bad messages to our homes. Lets compare. TV is a kind way mean to know more about things. However, it shows inadequates values to young people. It could be an extraordinary form to access images and information, at real times, even though the content explanation is quite poor (Unfortunately, we are usually passive in front at a TV set). The small screem is a cheaper form to get entertainment in spite of several interesting options away home. Its devices are going to be completely digital, more interactive, more “on demand” and easier to connect in other devices, like mobile phones and cars. Nevertheless, millions of people won’t have the chance to improve its relation with TV. The Brazilian broadcasting channels are more interested in audience and profits than education despite it puts all the citizens in front at the same window, showing bad or good things whereas everyone ...