Dilema dos infernos
Certa vez, o saudoso
José Mário Miranda, um doce vovô de minha rua em Curvelo, contou-me uma
engraçada estória sobre as “piscinas do inferno”. Segundo ele, no reino das
profundezas existem dois castigos básicos, que são colocados pelo diabo-chefe
na recepção dos condenados como opções à escolha deles.
Os suplícios oferecidos
são: ou se entra numa piscina de água fervente ou se entra em outra de fezes. O
coisa-ruim-mor ainda fazia uma ressalva: na segunda piscina, a profundidade da
nojeira fedorenta dava no nível do pescoço dos banhistas.
Diante desse dilema
terrível, a maioria acaba optando pela alternativa que parece ser a menos insuportável
ou a menos dolorosa. Só que o pai da mentira deixou propositadamente oculto um
detalhe importante para os que adentraram na m...
Logo após a alma
penada se acomodar dentro do reservatório asqueroso, tapando o nariz com os
dedos, um engenho começava a trabalhar. E a surpresa era a seguinte: uma lâmina
afiadíssima se movia por intermédio de um longo braço mecânico, que percorria toda
a superfície, forçando o indivíduo a submergir de cinco em cinco minutos.
Sacanagem do chifrudo!
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