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Mostrando postagens de abril, 2009

Parabéns, BSB quase cinquentona!

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No dia de Tiradentes e da lembrança das vítimas do Holocausto, a festa de 49 anos de Brasília. Um sonho que virou realidade e um sucesso que extrapolou expectativas. Uma cidade de mil sotaques, onde os brasis e o mundo se encontram na terra da esperança. O Brasil cresceu em todos os sentidos depois da nova capital federal, apesar dos maus exemplos dos poderes nela assentados. Viva JK! Viva o cerrado, que é o bioma mais ajustado ao aquecimento global e o mais ameaçado pela devastação. Hora de celebrar e defender os valores da ideia de Brasília, um mix das genialidades de Lúcio Costa (a cidade com eixos e asas para ordenar e voar), Oscar Niemeyer (os prédios monumentos e os monumentos de futuro eterno) e Athos Bulcão (menos lembrado, mais o responsável pelos detalhes inusitados, como os revestimentos, assim como os jardins de Burle Marx). E o céu? As nuvens doidas não param de nos emocionar com um pano de fundo infinito, cheio de cores. Alvoradas e pôres-de-sol espetaculares! Que venha o...

Revigorar os jornais

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por Carlos Alberto Di Franco Os jornais perdem leitores em todo o mundo. Multiplicam-se as tentativas de interpretação do fenômeno. Seminários, encontros e relatórios, no exterior e aqui, procuram, incessantemente, bodes expiatórios. Televisão e internet são, de longe, os principais vilões. Será? É evidente que a juventude de hoje lê muito menos. No entanto, como explicar o estrondoso sucesso editorial do épico "O Senhor dos Anéis" e das aventuras de Harry Potter? Os jovens não consomem jornais, mas não se privam da leitura de obras alentadas. O recado é muito claro: a juventude não se entusiasma com o produto que estamos oferecendo. O problema, portanto, está em nós, na nossa incapacidade de dialogar com o jovem real. Mas não é só a juventude que foge dos jornais. A chamada elite, classe A e B, também tem aumentado a fileira dos desencantados. Será inviável conquistar toda essa gente para o fascinante mundo da cultura impressa? Creio que não. O que falta, estou certo, é real...

Ponto de vista

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Os bares “cult” de BH

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Sílvio Ribas No tema “a cidade que a cidade não vê” podemos incluir os bares mais “cult” de Belo Horizonte, que, infelizmente, são ilustres desconhecidos de quem deveria conhecê-los: artistas plásticos, intelectuais, jornalistas e outras figurinhas da noite. Resta apenas “puglar” tais locais ao seu presumível público-alvo. Quatro exemplos – retratos fiéis da excentricidade de seus donos – ilustram bem a tese de que a jornada etílica nesta capital centenária pode nos surpreender tanto quanto metrópoles do tipo Sampa e Rio. Enfim, aí está uma pauta quentíssima, que pode gerar muitas fotos e fatos legais e que intrigará como é surpreendente ninguém ter feito tal reportagem até hoje, depois de tanta matéria glorificando BH como “capital mundial dos bares”. O primeiro e maior dos “cases” propostos, o Loureiro's Bar , da rua Java, na Nova Suíça, já teve muitas configurações criativas. Ponto de interseção entre o lar da família Loureiro e um estabelecimento comercial, a decoração é divert...

Dilema dos infernos

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Certa vez, o saudoso José Mário Miranda, um doce vovô de minha rua em Curvelo, contou-me uma engraçada estória sobre as “piscinas do inferno”. Segundo ele, no reino das profundezas existem dois castigos básicos, que são colocados pelo diabo-chefe na recepção dos condenados como opções à escolha deles. Os suplícios oferecidos são: ou se entra numa piscina de água fervente ou se entra em outra de fezes. O coisa-ruim-mor ainda fazia uma ressalva: na segunda piscina, a profundidade da nojeira fedorenta dava no nível do pescoço dos banhistas. Diante desse dilema terrível, a maioria acaba optando pela alternativa que parece ser a menos insuportável ou a menos dolorosa. Só que o pai da mentira deixou propositadamente oculto um detalhe importante para os que adentraram na m... Logo após a alma penada se acomodar dentro do reservatório asqueroso, tapando o nariz com os dedos, um engenho começava a trabalhar. E a surpresa era a seguinte: uma lâmina afiadíssima se movia por interméd...

SOBRE CRIATIVIDADE

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Quando? - Quando a fôrma ou ferramenta é desenvolvida primeiro que a obra. Ela é o estilo, a assinatura do autor. - Quando a criação surge para o criador como (com o gosto de) descoberta. - Quando o acidental vira genial. Exemplo: os nomes Google, Millôr… - Quando a criação leva anos para ser realizada pelo criador. - Quando a criação é mesmo descoberta pelo criador, que apenas a lapida, adapta, emoldura, reconta com outras tonalidades (realçando, suprimindo ou reduzindo detalhes e elementos). Exemplo: uma história oral colocada no papel. - Quando a criação parece ser uma concepção natural, algo que emergindo para a consciência, vindo das profundezas da inconsciência. A tal “inspiração”… - Quando existe uma motivação pessoal ou geral, de caráter empreendedor e consciente do ambiente competitivo, as ideias conseguem um terreno fértil para germinar. SITES DE IDÉIAS www.portaldasideias.com.br www.confrariadasideias.com.br www.republicadasideias.com.br www.terradasideias.com www.jardimdasi...

Obamis é o cara!

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A arte é de Sandro Menezes, obviamente inspirada no poster da campanha presidencial de Barack Obama, feito por Shepard Fairey. O personagem da estampa está no coração de meus companheiros de geração Atari, o inesquecível trapalhão Mussum. Uma iniciativa genial. Valeu a homenagem. Brindemos com muito mé. Também quero essa camiseta.

Inocência verde

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Quase sempre acho que coincidência não existe. Parece que o universo está sempre deixando avisos na nossa frente para informar de algum acontecido. Quando vi a notícia hoje de que o francês Maurice Druon, autor de O Menino do Dedo Verde, morreu ontem fiquei intrigado. Ontem mesmo retirei o livro da estante para lembrar do primeiro contato que tive com ele, nos anos 70. Quem está, como eu, na faixa dos 40 anos provavelmente leu a história de Tistu, o menino que consolova as pessoas espalhando flores pela sua cidade. O filho de Dona Mamãe e Senhor Papai já foi apontado como personagem de igual relevância para o imaginário universal como o Pequeno Príncipe. O livro escrito em 1957 aborda temas como pobreza, guerra e ecologia, tudo muito atual. Fiquei com saudade do jardineiro Bigode. Acho que lá em Curvelo tinha um personagem assim. A última capa acima, à direita, verde, é o que eu tive quando menino. O do meio, branca, é o que tenho hoje. Antes, a ilustração original da dupla professor b...

Mais uma música pra cima

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Io Canto (Eu Canto) Motivos para cantar e cantados por Laura Pausini: A neblina que repousa de manhã As pedras de um caminho na colina O falcão que se levantará O primeiro raio que surgirá A neve que se desmanchará correndo para o mar A marca de uma cabeça sobre a almofada Os passos lentos e incertos de um menino O olhar de serenidade A mão que se estenderá A alegria de quem esperará Por isto e aquilo que virá O cheiro do café na cozinha A casa toda cheia de manhã O elevador que não anda O amor pela minha cidade As pessoas que sorrirem pela rua Os ramos que se entrelaçam no céu Um velho que caminha sempre só O verão que depois passará O grão que amadurecerá A mão que o colherá Por isto e aquilo que virá

O pai da gibiteca de BH

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ANTONIO ROQUE GOBBO Gustavo Werneck Numa noite fria, ele sonhou que era o Tocha Humana e saiu cambaleando pela casa, num ataque de sonambulismo que surpreendeu os pais. Em outra, mais abafada, deu asas à imaginação e voou no foguete de Flash Gordon, em direção ao planeta Mongo, uma viagem absolutamente inesquecível. Na infância em São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas, realidade e fantasia se alternavam no mundo povoado de vilões de cara amarrada e heróis cavalgando pela floresta escura ou defendendo a Terra dos alienígenas, com unhas e dentes, máscaras coloridas, armaduras reluzentes e as melhores intenções. O bancário aposentado Antônio Roque Gobbo, de 72 anos, morador do Bairro do Prado, na Região Oeste de Belo Horizonte, não se esquece nunca das 4,8 mil revistas em quadrinhos que colecionou durante cinco décadas e ainda encantam leitores de todas as idades. O pequeno tesouro, doado em 1992 à Biblioteca Pública Infantil e Juvenil, no Bairro Santo Antônio, na Zona Sul da capital,...

Reportagem do Zé Grandão

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Reproduzo, a seguir, trecho do segundo livro do meu falecido amigo José Roberto Alencar, o Zé Grandão. Ele explica como surgiu uma matéria que fez brilhantemente em minha querida Floripa, meses depois de eu ter saído de lá. Generoso como sempre, ele fez questão de citar no "making of" os colegas que colaboraram com a pauta. Retirei esse texto do blog do professor catarinense César Valente, que também foi colega meu e do Zé Alencar nos tempos gloriosos de GZM. – “O Panorama Debaixo da Ponte”, gosta? Não entendi, mas gostei. Sílvio Ribas trabalhou na sucursal mineira da Gazeta Mercantil e, depois, chefiou com muita competência a catarinense. Das duas sobraram pautas que ele não teve tempo de transformar em matérias, em geral gostosas de fazer e saborosas. Por isso, quando ficava sem, eu lhe pedia pautas. Agora, lá estava eu diante da mesa do Sílvio, à cata de outra pauta. E ele me sugeria “O Panorama Debaixo da Ponte”. – Gostei do título. Detalha. – É a Hercílio Luz. Debaixo d...

GALO GALERIA

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O Galo viveu uma época gloriosa entre o fim da década de 1970 e o início da seguinte. Com elenco recheado de craques, levantou o hexacampeonato mineiro entre 1978 e 1983. 1976 - O Atlético foi campeão estadual invicto de 1976. Jogadores: João Leite, Paulo Benigno, Barbatana, Vantuir, Modesto, Ortiz, Silvestre, Ângelo, Danilo, Marcio, Flávio, Toninho Cerezo, Dionísio, Getúlio, Reinaldo, Marinho, Alfredo, Wallace, Marcelo, Paulo Izidoro, Heleno e Marcinho. 1980 - Titulares: João Leite, Orlando, Osmar Guarnelli, Luizinho, Cerezo, Jorge Valença, Pedrinho, Geraldo, Palhinha, Reinaldo e Éder Aleixo. 1982 - João Leite, Nelinho, Osmar Guarnelli, Luizinho, Cerezo e Jorge Valença. Catatau, Heleno, Reinaldo, Renato Queiroz e Éder Aleixo.

Mais reminiscências

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Inventário da caixinha de lembranças* Resolvi abrir e enxugar minha caixinha de objetos memoráveis. Lá hibernava por anos coisinhas várias com função de fazer recordar, desde dois porta-vale-transportes até os meus primeiros relógios de pulso, além da minha dupla dinâmica preferida: um par de bonecos de borracha de Batman & Robin, que enfeitaram o bolo de meu nono aniversário. Vejo que esses bravos heróis de brinquedo escaparam, muito machucados, das dentadas do cãozinho Kojak, de Dona Arminda Marques. Sem recorrer a qualquer metodologia especial, pus-me a relatar o que encontrei na suitcase of memories (como canta Cyndi Lauper em Time after Time). Lembrancinhas de viagens, suvenires do centenário de BH e “munição” de campanhas eleitorais. Presentinhos de aniversário, duas medalhas de honra ao mérito (um concurso de redação e outro do futsal dos calouros da PUC Minas), substitutos idênticos de brinquedos da minha infância mais primitiva (o Falcon fake e aquela zebrinha que se dobra...

Nostalgia pura, muito pura

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HELLO! MA BABY (1899) Hello! ma baby Hello! ma honey Hello! ma ragtime gal Send me a kiss by wire Baby, ma heart's on fire! If you refuse me Honey, you'll lose me Then you'll be left alone Oh, baby, telephone And tell me I'm your own! Veja mais informações em http://en.wikipedia.org/wiki/Hello%21_Ma_Baby"