O pulso da economia


Sílvio Ribas

O FMI divulgou hoje relatório no qual eleva a sua aposta de crescimento econômico para o Brasil este ano, de 1,9% para 2,3%. Para o governo e o mercado financeiro, a expansão do PIB em 2018 será um pouco maior, ao redor de 3%.
Em 2017 a economia cresceu 1% e interrompeu a pior recessão já registrada na história do país, acumulada desde 2015. De fato, a retomada chegou, mas de forma ainda vacilante.
Nas últimas semanas, as projeções de analistas chegaram até a piorar em razão da incerteza política, do receio de uma iminente guerra comercial global e dos gigantescos déficits fiscais da União.
É por essas razões que a recuperação de nossa combalida economia, que amarga milhões de desempregados, segue cambaleante. Ela só terá um rumo mais claro depois do resultado das eleições de outubro.
Nesse cenário aos agentes políticos fazer tudo o que estiver à mão para embalar o PIB para a frente e aliviar o desemprego. E uma das saídas mais óbvias é injetar recursos livres na economia, para estimular o consumo e reduzir a inadimplência.
A exemplo da liberação dos saldos das contas inativas do FGTS, no ano passado, uma oportunidade de irrigar o comércio com dinheiro novo pode vir dos valores acumulados nas contas do Pis Pasep, que também pertencem ao trabalhador brasileiro.
E o melhor lugar para esse montante estar neste momento é mesmo o bolso do dono.
Reportagem de O Globo publicada hoje destaca, por exemplo, a proposta para se ampliar as chances de o trabalhador sacar os seus recursos do Pis Pasep. Essa é, sem dúvida, uma medida importante para movimentar a economia.
A medida provisória 813, de 2017, que trata da liberação dos depósitos feitos até 1988 para quem tem mais de 60 anos, pode vir a injetar R$ 15 bilhões na economia.

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