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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

Vitória do tapetão no STF

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"Essa é uma tarde triste para este Supremo Tribunal Federal. Com argumentos pífios, foi reformada, foi jogada por terra, extirpada do mundo jurídico uma decisão plenária sólida, extremamente bem fundamentada que foi aquela tomada por este plenário no segundo semestre de 2012”. (Joaquim Barbosa, presidente do STF, esta tarde) É realmente muito triste ver a República se curvar aos interesses dos inquilinos do poder. A honradez, a Justiça com J maiúsculo, o respeito ao dinheiro público, tudo o que é mais caro aos cidadãos brasileiros e parecia que estava sendo respaldado pela Suprema Corte do país, caiu por terra, como bem disse Barbosa. Mais um inexplicável vexame nacional e também, como sublinhou o presidente do STF, um importante alerta à Nação. Bem que José Dirceu cobrou em público a "rebeldia" do ministro Fux, por não ter cumprido a parte do acordo para ganhar a vaga. Também me surpreendi com a posição de Cármem Lúcia, uma das ministras mais respeitadas da Casa. Que ...

Give peace a chance

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Sílvio Ribas Em 1968, pouco depois dos assassinatos do pastor Martin Luther King e do presidenciável americano Bob Kennedy, o rei do rock, Elvis Aaron Presley (1935-1977), surpreendeu a todos ao gravar uma belíssima canção em homenagem aos dois líderes pacifistas. Procure na internet o vídeo dele cantando If I can dream ( www.youtube.com/watch?v=9CMlYVu9J4g‎ ). É de emocionar ouvir aquele hino gospel de forte conteúdo político, um clamor pelo fim das tensões raciais nos Estados Unidos. Sua súplica pela concórdia humana ainda é inspiradora e atualíssima. Diante da covardia de bandidos, muitos deles adolescentes, contra alvos inocentes, dos massacres chapa-branca, da perseguição aos gays na África e de tantas outras atrocidades mundo afora, não entendo porque os artistas de hoje abandonaram o papel de profetas da paz e da liberdade. Imagine, música gravada e lançada pelo beatle John Lennon (1940-1980) em 1971, nunca deixará, por exemplo, de ser um manifesto antológico pela tolerância ...

Caiu de maduro

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Sílvio Ribas Pobre sina da América Latina. O populismo esquerdista que, desde o começo deste século, ocupou, pela vontade das urnas, os espaços de poder deixados pelas criminosas ditaduras militares consolida agora um saldo de desmandos, de caos social e de trapalhadas na economia. A estrela maior do movimento, o chavismo, está, digamos, caindo de maduro, piada pronta sugerida pelo nome do bigode que sucedeu ao presidente venezuelano Hugo Chávez (1954-2013), morto há quase um ano. Nicolás Maduro, inábil motorista de caminhão que se tornou líder da potência petroleira deste subcontinente, colocou o pé no acelerador dos equívocos intervencionistas do "pai" para tentar se refugiar da tempestade no horizonte. Sem o inegável carisma de apresentador de programa de auditório que o mentor do "socialismo do século 21" tinha, ele apelou para maquiagens ainda mais pesadas sobre a crescente desordem política e financeira da Venezuela. Desse saco de improvisos saíram até ant...

The real Fantastic Four!

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Eles mudaram o mundo e continuam influenciando pessoas de todas as idades há 50 anos. Os quatro fabulosos de Liverpool nos presentearam não apenas com músicas, mas também sonhos, alegria e reflexão. Garotos de 20 e poucos anos que por cerca de uma década deram duro para fazer música e infundir ideias de amor, paz e renovação. Obrigado John e Paul pelas canções inesquecíveis, que não cansamos de ouvir, reinterpretar e reverenciar. Valeu George e Ringo por se somarem a esse grupo com outros trabalhos e dimensões. Os dois que ainda estão neste mundo e os dois que já foram têm muito a nos ensinar, não acham? Valeu por darem ao universo mais do que ele nos deu. Valeu por abrirem a porta de uma dimensão por onde passaram dezenas de outras estrelas, que seguiram seu rastro de genialidade, de missão revisora do rock in roll. Mais do rock, música, sentimento e arte com A maiúsculo. Thanks, guys por nos tirarem do chão, por nos fazerem pedir dias melhores não apenas para nós mesmmos. Quatro fan...

Cabedelo versus Mariel

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Por Sílvio Ribas Cabedelo (PB) — A administração do Porto de Cabedelo (PB), localizado na cidade de mesmo nome da região metropolitana de João Pessoa, espera desde 2011 pelos recursos prometidos pelo governo federal para ampliar e modernizar a infraestrutura. Esse projeto, modesto diante das enormes necessidades dos principais terminais portuários do país, soma US$ 326 milhões. Esse valor corresponde à metade do financiamento dado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a reforma do porto cubano de Mariel, inaugurado no mês passado pela própria presidente Dilma Rousseff. Enquanto US$ 682 milhões da instituição pública de fomento ancoraram em um ponto do litoral da ilha caribenha governada pela ditadura dos irmãos Castros, nenhum centavo do Orçamento federal aportou, até agora, no mais oriental porto das Américas, que tem apresentado as maiores taxas anuais de crescimento. A opção do governo por sustentar investimento e negócio estrangeiro, em vez de ap...

Luz e calor

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Sílvio Ribas A rainha popstar Madonna não é loura, o ídolo argentino Carlos Gardel nasceu no país vizinho, e a cabeça do palito de fósforo não tem... fósforo. Mitos são, portanto, mais fortes que a realidade. Nos tempos atuais, de abundância de mídias e intenso tráfego de informações instantâneas, omissões e versões torcidas quase sempre são desmascaradas ou questionadas na hora, sem, contudo, acabar com a fantasia em torno de fatos. Nessa torrente de interpretações e de opiniões colocadas na roda com tanta facilidade, a democracia, a liberdade e os direitos individuais deveriam ser os maiores beneficiados. Em tese, as grandes manifestações que acordaram o gigante Brasil deveriam deixar políticos mais atentos aos anseios da população, sobretudo na carência de serviços públicos. O esperado era que a demonstração de mais consciência cívica indicasse renovação para melhor dos detentores de mandato. Vamos ver. Mas a preocupação que inquieta a todos hoje é se toda a agitação civil guiada...

A maior declaração de amor já feita

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Woman, de John Lennon Woman I can hardly express My mixed emotions at my thoughtlessness After all I'm forever in your debt And woman I will try to express My inner feelings and thankfulness For showing me the meaning of success Ooh, well, well (...) Woman I know you understand The little child inside of the man Please remember my life is in your hands And woman hold me close to your heart However distant don't keep us apart After all it is written in the stars (...) Woman please let me explain I never meant to cause you sorrow or pain So let me tell you again and again and again I love you, yeah, yeah Now and forever I love you, yeah, yeah Now and forever I love you, yeah, yeah Now and forever I love you, yeah, yeah Em português: Mulher, eu quase não consigo expressar Minhas emoções confusas em meus pensamentos. Afinal de contas, estou eternamente em dívida com você. E, mulher, eu tentarei expressar Meus sentimentos interiores e gratidão Por me mostrar o significado do s...

Momento 14-Bis

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Sílvio Ribas Os brasileiros têm o maior orgulho dos gênios nacionais da música e do futebol, tendo no topo da sua lista de preferidos os reis Roberto Carlos e Pelé. Os cidadãos deste país também se mostram envaidecidos ao apontar nomes de pesquisadores locais que se tornaram, no século passado, destaque da corrida mundial pela inovação, como Vital Brazil, o criador de soros contra picadas de cobras e aranhas, e Alberto Santos Dumont, o pai da aviação. Em paralelo, outros tantos merecedores do aplauso de conterrâneos estão para ser incluídos no seleto grupo dos cientistas mais populares na memória da nação, caso do padre gaúcho Roberto Landell deMoura, precursor das telecomunicações. O sucesso dessa seleção de perfil mais acadêmico é, contudo, creditado pela maioria das pessoas como sendo exclusivamente fruto do ardor criativo e, sobretudo, da persistência dos filhos desta terra, que não desistem nunca. Os mais lembrados emergem em meio às tradicionais dificuldades do país no campo do...

Blecaute popular

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Pobres são principais vítimas de apagões A maior parte dos brasileiros prejudicados pela série de apagões ocorridos desde a posse da presidente Dilma Rousseff — o mais recente deles aconteceu anteontem e afetou mais de 6 milhões de pessoas em 13 estados e no Distrito Federal — está nas camadas mais pobres da população, sobretudo moradores das periferias das principais metrópoles do país. Em virtude de protocolos obedecidos pelas concessionárias de distribuição de eletricidade durante o que as empresas chamam de grandes “perturbações” do Sistema Interligado Nacional (SIN), a ordem é cortar o fornecimento nas áreas menos favorecidas e populosas, onde não haja prédios, hotéis e empresas. Gestores das companhias estaduais de energia explicam que o procedimento técnico conhecido como Esquema Regional de Alívio de Carga (Erac), coordenado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), impõe cortes seletivos com o critério de evitar transtornos nos principais centros comerciais e empresariais e ...

Cadê a República?

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Sílvio Ribas A ampla maioria dos brasileiros foi às urnas, duas décadas atrás, para confirmar de vez a república como a forma de governo deste país. Esperava-se que o expressivo apoio popular manifestado em 1993, com 66% dos votos do plebiscito, daria peso ainda maior aos ideais republicanos escritos logo nas primeiras linhas da Constituição. Em resumo: todos são iguais perante a lei, compartilhando direitos e deveres. Mas o sonho de uma nação sem soberanos e sem donos e sócios do poder não avançou como deveria, sobretudo do ponto de vista cultural. A palavra república, originada do latim respublica ou coisa pública, evoca naturalmente os princípios de transparência e de respeito à coletividade, aos cidadãos amplamente reconhecidos pelo ordenamento jurídico e representados pelo sistema político. Apesar das garantias sociais inscritas no texto constitucional, sobram exemplos de desrespeito originados, sobretudo, dos que desempenham mandato eleitoral ou exercem função de Estado, concu...

O 10º apagão da Era Dilma

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Por Sílvio Ribas As elevadas temperaturas registradas em janeiro combinada com a maior estiagem para esse mês em 60 anos expuseram ontem graves deficiências do sistema elétrico nacional e ainda deram novo impulso ao pior pesadelo para a presidente Dilma Rousseff — o racionamento de energia. Apenas um dia após o ministro de Minas e Energia Edison Lobão afirmar que o risco de um desabastecimento de eletricidade no país era “zero”, uma simples falha numa linha de transmissão que liga o Norte ao Sudeste provocou no início da tarde um apagão, o décimo do atual governo, que deixou cerca de 6 milhões de pessoas sem luz em 11 estados das regiões Norte, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Analistas acreditam que um descompasso na distribuição das cargas entre o Norte e o Sul do país provocado pela elevada demanda de energia nas horas mais quentes do dia levou a um colapso de uma das principais conexões do Sistema Interligado Nacional (SIN). A exemplo da série de apagões de grandes proporções que vêm...