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Mostrando postagens de janeiro, 2014

Uma turma especial

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Minha turma de Jornalismo da PUC Minas, formada em 1991, é uma coincidência histórica. Dividiram por quatro anos a mesma sala de aula do prédio 13 pelo menos sete grandes talentos, premiados e aplaudidos dentro e fora das divisas mineiras. Acabamos de comemorar em Belo Horizonte 25 anos de “queridos amigos”. Mal comparando, é como se o Clube da Esquina festejasse duas décadas e meia de seu primeiro encontro, em Santa Tereza. Esse dream team tem entre suas estrelas André Salles-Coelho (músico instrumental, escritor e ativista cultural), Déa Trancoso (cantora, produtora musical e ativista cultural), Fernando “Mickey” Gomes (ator e produtor teatral), Léo Cunha (escritor premiado, professor e tradutor), Luiz Arthur (ator, diretor e produtor teatral), o saudoso Marcos Tafuri (escritor, ator, roteirista e produtor teatral) e Thelmo Lins (cantor e ativista cultural). No Jornalismo e na Academia, também fornecemos bons especialistas. Temos a Roberta Zampeti (apresentadora de TV), o Túlio F...

Perfil no Portal dos Jornalistas

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SÍLVIO RIBAS - Sílvio César Ribas de Souza (Sílvio Ribas) nasceu em Curvelo (MG), em 16/12/1969. É graduado em Jornalismo desde 1991, pela PUC Minas. Começou a carreira mesmo antes de se formar, em 1990, como assessor de imprensa do Sindicato dos Previdenciários de Minas Gerais, onde permaneceu até 1993. Ainda em Minas, em 1994, foi assessor de imprensa do Hospital João XXIII. De lá, foi como repórter e depois repórter especial para o Diário do Comércio, ocupando o cargo até 1995. No mesmo ano seguiu para a Gazeta Mercantil, atuando em Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo, nas funções de repórter e chefe de sucursal e editor em Santa Catarina, até 2001. No jornal, passou por Opinião, Internacional, Turismo, Pequenas Empresas, Ciência & Tecnologia, Revistas, Relatórios e Publicações especiais editados pelo grupo. Em 2002, seguiu como assessor de imprensa para a Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) e RP1. De 2002 a 2007, foi editor-assistente de Economia no Estado de Mi...

Homenagem a Martin Luther King

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If I Can Dream Lyrics Walter Earl Brown There must be lights burning brighter somewhere Got to be birds flying higher in a sky more blue If I can dream of a better land Where all my brothers walk hand in hand Tell me why, oh why, oh why can't my dream come true Oh why There must be peace and understanding sometime Strong winds of promise that will blow away All the doubt and fear If I can dream of a warmer sun Where hope keeps shining on everyone Tell me why, oh why, oh why wont that sun appear Were lost in a cloud With too much rain Were trapped in a world That's troubled with pain But as long as a man Has the strength to dream He can redeem his soul and fly Deep in my heart there's a tremblin question Still I am sure that the answer gonna come somehow Out there in the dark, there's a beckoning candle, yeah And while I can think, while I can talk While I can stand, while I can walk While I can dream, please let my dream Come true, ohhhhh, right now Let it come t...

Promessa de Dilma derrotada

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Sílvio Ribas A presidente Dilma Rousseff saiu derrotada na sua guerra pessoal contra os bancos, pela derrubada dos elevados juros cobrados do consumidor. A retomada da trajetória de alta da taxa básica (Selic), a partir de abril de 2013, que atingiu na última quarta-feira a marca de 10,5% ao ano após sete altas seguidas, também foi acompanhada de uma ampla recuperação dos níveis médios do spread — a diferença entre a taxa pela qual as instituições tomam dinheiro emprestado e a que cobram dos clientes. Dados do Banco Central (BC) mostram que, em maio de 2012, quando a presidente ampliou suas investidas para derrubar os juros no varejo, a taxa média do crédito para pessoa física cobrado pelo sistema financeiro era de 37,10% ao ano. Esse indicador despencou a mínima de 25,58% em dezembro daquele ano. Mas voltou a subir e alcançou em novembro último 38,50%, o teto do período. Em pronunciamento em rede nacional de tevê, em 1º de maio de 2012, a presidente disse ser “inadmissível” o Brasi...

Guerra campal

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Sílvio Ribas Rebeliões de presos, arrastões de praia e rolezinhos de shoppings. Preciso dar mais exemplos de quanto andar na rua está perigoso? Como se não bastassem as preocupações diárias com os sequestros relâmpagos à luz do dia nas entrequadras e estacionamentos, com as emboscadas nas entradas de garagem e com os cada vez mais comuns ataques do tipo "chegou atirando", agora temos de encarar as inesperadas avalanches de gente em locais públicos. A Constituição garante livres manifestações, mas desde que não extrapolem os nobres desejos coletivos de reivindicar direitos e pedir mudanças no que está errado. Os históricos protestos de junho de 2013 mostraram que o povo pode e deve ir às ruas para mostrar insatisfação. Mas as margens das ruas e as margens da legalidade devem ser respeitadas para que não se percam as conquistas democráticas. Multidões pacíficas convocadas pela internet, como os flash mobs, são característica de nossos tempos, que não devem servir a intenções ...

Paradas com selo de qualidade

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Sílvio Ribas O Ministério dos Transportes (MT) se armou para dar conta das demandas que vão surgir logo após o fim do longo impasse em torno da polêmica Lei do Descanso (12.619/2012), com foco em motoristas de caminhões. Seus técnicos levantaram ano passado junto a órgãos públicos, seguradoras e redes do varejo de combustíveis todos dados disponíveis sobre potenciais pontos de parada na malha rodoviária federal — essenciais ao cumprimento dos intervalos obrigatórios de viagem, em vigor há 20 meses. “A nova legislação provocou embate de interesses contrários. Enquanto a Casa Civil e o Congresso trabalham para encontrar uma saída, o ministério já se antecipou para facilitar a sua implementação”, explica Marcelo Cunha, diretor do departamento de informações do MT, ao Correio. Segundo ele, foram listados os 3,68 mil postos de combustíveis das BRs, com informações básicas de perfil, como se tem sanitário ou restaurante. A elas foram agregadas a localização em mapas virtuais e imagens da v...

Trapalhadas em série

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Sílvio Ribas O cancelamento das contas de poupança, que inflou os resultados de 2012, se soma a outras trapalhadas da gestão da Caixa Econômica Federal na última década. A quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, pivô da queda do ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, em 2006, foi condenada pela Justiça e também derrubou o presidente da instituição à época, Jorge Mattoso. O atual presidente, Jorge Hereda, assumiu o cargo em 2011 após a saída de Maria Fernanda Ramos Coelho. Ela deixou o posto após a revelação de fraudes bilionárias no Banco PanAmericano, do empresário e apresentador de tevê Silvio Santos, que levaram à venda do controle da instituição para o BTG Pactual. No fim de 2009, em meio aos desdobramentos da crise financeira global, a Caixa havia adquirido 49% do capital votante do PanAmericano e parte das ações preferenciais por R$ 739,2 milhões. Mais recentemente, o banco estatal foi protagonista de outro imbróglio de grande proporções políticas, d...

Carga pesada

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Sílvio Ribas Mais frágil elo da cadeia logística, o caminhoneiro autônomo luta para preservar a profissão. A Lei do Descanso (12.619/2012), criada para eliminar as intermináveis jornadas de trabalho ao volante e há 20 meses em vigor, não emplacou. Para piorar, as regras a favor da saúde dos profissionais e contra acidentes nas estradas estão ameaçadas de serem esvaziadas pelo Congresso, com apoio do governo. Enquanto a regulamentação começa a avançar para empregados de transportadoras, para os que ganham a vida com caminhão próprio ela inexiste. O Correio ouviu alguns desses sobreviventes do asfalto em postos de combustíveis da BR-040. Todos apostam na extinção da atividade sem vínculo trabalhista. "Vamos todos falir antes de 2020 e nenhuma autoridade vai reclamar", desabafa o mineiro Paulo Altino, 35 anos, que pilota um modelo da sua idade. O caminhoneiro lembra com orgulho de quando tirou a primeira habilitação, em 1997, e do fato de já ter tido três caminhões. Hoje lamen...

O banco dos amigos

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Por Sílvio Ribas Protegido pelo sigilo de contratos com clientes e principal instrumento de incentivos parafiscais, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) consagrou nos últimos anos como a mão amiga do governo para socorrer e promover aliados no Brasil e exterior. A mais polêmica das ajudas bilionárias que colocam em dúvida o interesse nacional foi dada a Cuba, com o investimento de US$ 682 milhões nos últimos três anos para a ampliação do Porto de Mariel, que será inaugurada no fim do mês pela presidente Dilma Rousseff, em visita oficial à ilha da ditadura dos irmãos Raúl e Fidel Castro. Em 2008, durante o governo Lula, o BNDES aprovou o financiamento de 71% da obra, com três vezes mais recursos que os destinados a Suape, maior porto do Nordeste, desde sua inauguração, em 1983. Ao fim, o terminal cubano terá capacidade 30% superior à do pernambucano. Isso tudo sem contar a necessidade urgente de melhorias no restante do sistema portuário brasileiro, Santos à ...

Números da saúde

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A saúde é a preocupação número um dos brasileiros, concorrendo com a (in)segurança pública, que não deixa de estar relacionada ao bem-estar físico e mental. O grosso das queixas está concentrado na ausência ou má qualidade dos serviços estatais, que dependem, antes de tudo, de melhor gestão dos recursos disponíveis, que não são poucos. No caso da assistência médica, hospitalar e ambulatorial vinculada ao pagamento feito diretamente pelo usuário, os problemas se devem a questões regulatórias, sobretudo na fiscalização dos agentes privados. Trata-se de velho drama s ocial brasileiro, semelhante ao de vários países de perfil semelhante, que só será resolvido com maior compromisso das autoridades e dos servidores com a defesa e a promoção do mais valioso bem das pessoas, para o pleno desfrute da vida. O avanço do envelhecimento da população e o seu crescente distúrbio alimentar tornam essa equação ainda mais desafiadora em termo de valores, tanto no sentido material quanto ético. Uma res...

Você é alguém?

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Quando éramos garotos, nossos pais cobravam da gente a mais absoluta dedicação aos estudos e ao trabalho para sermos "alguém na vida". Admito que a mesma cobrança continua sendo feita às novas gerações, mas de forma menos ostensiva, apesar de a competitividade profissional e de a busca por um "lugar no mundo" terem adquirido dimensão dramaticamente mais ampla. O que não mudou é que todos nós somos, de uma forma ou de outra, agentes da própria história, mesmo quando não fazemos nada em favor dela. Somos donos do próprio nariz até mesmo preferindo viver à custa de terceiros narizes. O outro, por sua vez, deve ser visto como agente potencialmente importante para a nossa existência, ainda que o egoísmo nos faça economizar um sorriso ou um simples bom-dia. Cada indivíduo é um mundo a ser desvendado. Fiz esse sermão todo para contar episódio engraçado que ilustra a dominante cultura urbana do momento, que converte cidadãos em espectadores da frugalidade alheia e exibicio...

Selfie number One

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Os (The) Beatles sempre estiveram adiante no seu tempo. Uma prova disso é essa foto do começo do anos 1960 com o artista mais fotografado do mundo se fotogrando no espelho, bem antes da atual era selfie, protagonizada por anônimos e poderosos como Barack Obama. Am I rigth? Lembro também da cabeça de um dos últimos discos solo do velho Maca que insinua autoretrato no momento em que estava urinando em um banheiro. É aquele CD da música Freedom.

Minha retrospectiva 2013 na economia

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A derrocada de Eike Batista Maiores empresas do ex-empresário mais rico do Brasil entram em concordata Empresário símbolo do otimismo em relação ao Brasil deixou de ser bilionário em 2013, com o derretimento das ações das empresas do grupo EBX, puxadas pela petroleira OGX. Os primeiros sinais da ruína começaram em novembro do ano passado, quando deixou de ser o mais rico do Brasil. De US$ 18,6 bilhões, sua fortuna despencou para US$ 200 milhões, conforme estimativas. Em 30 de outubro, Eike joga a toalha, quando a OGX entrega o pedido de recuperação judicial. Tomate, vilão da Inflação Governo não consegue domar índices de preços e produtos essenciais parecem de luxo Artigo comum na mesa do brasileiro e da cesta básica, o tomate e seus preços altos viraram piada na internet. Apenas em abril, sua cotação nas feiras e supermercados era 150% superior à de igual mês de 2012. Donos de cantinas italianas famosas e de restaurantes populares chegaram a tirar o ingrediente do cardápio em sinal ...

À espera do exemplo

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Sílvio Ribas Os crescentes gastos dos turistas brasileiros no exterior — impulsionados pela renda maior e pelo câmbio confortável — já atingiram média mensal de US$ 2 bilhões e parecem longe de perder o fôlego, mesmo com mais impostos para inibir a gastança mundo afora. O Banco Central estima que a conta turismo deve ter fechado 2013 com o deficit recorde de R$ 18,6 bilhões. A percepção de que o Brasil se tornou insuportavelmente caro está evidente na escalada das viagens internacionais, sobretudo para destinos antes dominados pelas sacoleiras de luxo. Até mesmo as autoridades do Planalto sublinham o quão é mais acessível curtir folgas em Miami, nos Estados Unidos, que em Fortaleza. Além disso, está a clara a vantagem de comprar tudo lá fora, de cueca a tablet. Muitos embarcam só com a roupa do corpo, tal é a avidez por adquirir e até revender artigos bons, bonitos e baratos. As malas cheias denunciam a perda de competitividade da indústria nacional e a enfraquecem ainda mais. Pa...