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Mostrando postagens de 2013

Justiça bíblica

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"Eis que o ímpio concebeu a iniquidade, engravidou e deu à luz a falsidade. Um buraco ele cavou e aprofundou, mas ele mesmo nessa cova foi cair. O mal que fez lhe cairá sobre a cabeça, recairá sobre seu crânio a violência! Mas eu darei graças a Deus que fez justiça, e cantarei salmodiando ao Deus Altíssimo". (Salmo 7/Oração do justo caluniado) PS: Ouvi esse texto enquanto dirigia, ao passar pela sintonia de uma emissora de rádio católica. Me fez lembrar do Salmo 37, o meu preferido, que nos ensina a evitar combater o mal com o mal, a ter esperança e a nunca invejar os malfeitores.

Dias de Gomes

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A telenovela brasileira nunca foi só uma forma popular de entretenimento. Como produto cultural, difunde costumes, novas expressões e até mobiliza debates nacionais sobre questões polêmicas, coisa que as instituições democráticas nem sempre conseguem. Também serve de espelho para as diferentes características do povo, seu jeito de ser e de viver. Sobrevivendo às novas mídias eletrônicas, convivendo e até se apoiando nelas, a teledramaturgia quase setentona neste país manteve seu vigor e qualidade reconhecidos em todo o mundo. O que mudou foi a sociedade nesse período, o perfil da economia e os valores cultivados pela família sempre sentada no sofá emhorário nobre. Entre essas adaptações aos novos tempos, percebo claramente uma distância cada vez maior do Brasil profundo da temática dos folhetins. O folclore, as lendas e os personagens caricatos que conviveram com aqueles que residiam ou vieram das cidadezinhas do interior estavam sempre presentes no enredo dos grandes sucessos de audiê...

Fazer o bem faz bem

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Por Sílvio Ribas Empresários que agregam o valor da responsabilidade social aos seus negócios proporcionam muito mais do que uma vida melhor para cidadãos marginalizados. Acabam também se tornando inspiração para as pessoas às quais dão ajuda e um estímulo para que outros empreendedores sigam o mesmo caminho da solidariedade e da independência financeira. Éder Carvalho, 32 anos, é um desses exemplos. Depois de uma infância pobre no Entorno de Brasília e uma vida inteira de muito trabalho, venceu ao construir uma marca de roupas, a Filho Rico, que tem loja própria em shopping e se prepara para virar uma franquia. "Quero consolidar uma marca com influência social, que carregue valores muito além da visão material e vá além das relações de consumo", afirma. Mesmo em seus melhores momentos, Carvalho nunca deixou de lado a preocupação com os jovens carentes e expostos ao mercado das drogas, particularmente os menores infratores que estão apreendidos pela Justiça. Buscar doa...

Luz, câmera, ação!

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Sílvio Ribas Respostas aparentemente simplistas para resolver problemas complexos quase sempre soam como frases marqueteiras e sem muita consistência, coisa de candidato em campanha. Ocorre, contudo, que, pelo menos no caso da nossa cotidiana e crescente violência urbana no Distrito Federal e seu entorno, a solução parece óbvia demais. Recorro aqui ao velho bordão dos diretores de cinema para condensar o trinômio necessário para combater roubos, furtos, sequestros e homicídios. Luz, câmera e ação. Não tenho dúvidas de que são essas três medidas que fazem mais falta no enfrentamento à criminalidade e cuja adoção daria retorno positivo mais rapidamente. Explico já. Luz de postes para acabar com as enormes manchas de escuridão que ainda teimam em cobrir os espaços urbanos de nossas cidades. Não consigo entender por que Brasília e suas cidades são tão escuras para o pedestre noturno. Fiat lux para os que se escondem nos cantos escuros à espreita das vítimas. O big brother urbano também...

Culpa de São Pedro

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A natureza não se defende. Ela se vinga. Era com essa expressão que o saudoso jornalista Joelmir Beting se referia às catástrofes naturais, cada vez mais frequentes no noticiário em razão da loucura do clima. No começo de mais uma temporada de chuvas torrenciais sobre as maiores regiões metropolitanas do país, sempre acompanhadas de tragédias previamente anunciadas, ouso colar outra máxima à proferida pelo mestre do comentário econômico na tevê: Quem quer faz. Quem não quer, arruma logo uma desculpa. Estamos completando três décadas nas quais São Pedro parece figurar como o inimigo número um das moradias pobres em áreas de risco, dos pequenos agricultores sem seguro no banco, da mobilidade urbana limitada e das medidas em favor do progresso sustentável. A diferença é que, graças a uma maior consciência ecológica, desculpas esfarrapadas das autoridades, como a de que a estiagem prolongada foi além do previsto ou de que o índice pluviométrico estimado para certo mês resolveu aparecer to...

Desrespeito ao consumidor

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Em países desenvolvidos, subsídios à indústria automobilística visam favorecer veículos menos poluentes, mais seguros e preço final justo. Em caso extremo, como nos Estados Unidos, recursos públicos foram liberados com prazo de reembolso para impedir a demissão de milhares. No Brasil, contudo, essas motivações ficam em segundo plano nas concessões às montadoras. O suposto interesse social só mascara a verdadeira motivação: proteger um só ramo industrial, concentrado no ABC paulista, berço político do PT. Para ampliar essa distorção, virou rotina nos últimos anos ludibriar o consumidor que, embalado pelo alerta do fim de cortes temporários da carga tributária, corre às concessionárias para aproveitar descontos renovados em seguida. No último ato desse teatro de absurdos, os modelos Kombi e Gol G4, da Wolks, e Fiat Mille podem abandonar a anunciada aposentadoria, caso o governo adie a obrigatoriedade dos carros saírem de fábrica com freios ABS e airbag.

Re: volta

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Por Sílvio Ribas A rapidez das comunicações digitais não nos deixa digerir os fatos na velocidade ideal para sua compreensão. Se somarmos as notícias recentes envolvendo o tema segurança pública e violência urbana, em escala local e nacional, teremos um quadro alarmante. Mais: se prestarmos atenção no grau de crueldade de milhares de indivíduos que atacam cidadãos nas ruas sem dó nem piedade, ficaremos com medo. Para piorar: se cotejarmos tudo o que as autoridades têm dito e feito diante de arrastões de furtos em praias lotadas, do quebra-pau nos estádios de futebol, das rotineiras chacinas em favelas e do inferno carcerário, nos damos conta de que a realidade não é dura o suficiente para forçar o Estado a agir. Sobraria, então, apenas a revolta popular. Os ônibus intermunicipais incendiados pelos passageiros mais exaltados, que não mais suportam o desrespeito dos donos das companhias de transporte urbano, é só um exemplo. A falência da atribuição constitucional dada aos governos pa...

Reformas abandonadas

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As duas mais importantes decisões tomadas pelo Partido Comunista da China em favor do desenvolvimento da atual segunda maior economia do mundo foram na direção de mais abertura ao capitalismo. No começo dos anos 1990, o país mais populoso do planeta iniciou uma trajetória que rendeu mais prosperidade que a trazida pelo milagre econômico brasileiro, do período entre o finzinho da década de 1960 e o comecinho da de 1970. O então caso mais surpreendente de salto rumo à industrialização foi desbancado por um processo de atração de investimentos externos sem precedentes, associado à construção da maior base manufatureira e exportadora de todos os tempos. Depois dos frutos colhidos pelos chineses e dos recentes sinais de esgotamento do seu modelo bem-sucedido, com perda de fôlego da ainda acelerada atividade, o gigante asiático recorre este ano a mais liberdade para empreender, visando aumentar e melhorar os empregos e obter riqueza sustentável no longo prazo. Eles vão conseguir, de novo. ...

Gêmeos separados no berço

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Escutei um velho poeta fazendo essa comparação entre o velho telefone preto que todos nós tínhamos em casa com o icônico capacete de Darth Vader. Genial. Queria ter os dois no meu lar novamente.

É outra conversa

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A boa prosa dos poetas cariocas Ana Cristina César e Armando Freitas Filho rendia até sete horasnumsó telefonema. As cartas enviadas pela escritora Clarice Lispector aos amigos eram tão antológicas quanto seus romances. O debate político de jornalistas,madrugada adentro nas mesas da Cantina do Lucas, de Belo Horizonte, “derrubava” governos. Esses férteis encontros de almas de até duas décadas atrás soam hoje nostálgicos porque diferemmuito dos de hoje, nos quais a crônica falta de tempo nos reduz a meros sinaleiros da própria existência. Essa observação vinha me inquietando nas últimas semanas e foi corroborada com o lúcido texto da articulistaMaria Paula na Revista do Correio do último domingo e pela reflexão do editor executivo do jornal, Carlos Alexandre, esta semana e neste espaço. Eles confirmaram o meu temor de que a boa conversa está em extinção, ameaçada pelas frenéticas, superficiais e abusivas comunicações on-line. A mesma ferramenta que rompe fronteiras para conectar pessoa...

Carisma e poder

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Por Sílvio Ribas Os presidentes JK, do Brasil, e J(F)K, dos Estados Unidos, tinham em comum algo bem mais intrigante e transcendente que duas letras nas iniciais, usadas como grife pessoal. Eles eram, sem sombra de dúvida, líderes carismáticos, populares e símbolos da transformação modernizadora dos seus países. O fascínio que exerciam e exercem até hoje sobre as massas, além da facilidade com que lidavam com os meios de comunicação, são invejados pelos políticos que os sucederam ao longo dos últimos 50 anos. Emblemas eternos e heróis inesquecíveis, Nonô e Jack, apelidos de família, conferiram ao poder exercido na democracia uma aura mágica, que muitos tentam reproduzir em favor de propósitos discutíveis e nada nobres. Sem dissecar as contradições dos dois personagens históricos e focar apenas no carisma deles, lamento que o pragmatismo na política mundo afora tenha conspirado contra o encantamento das novas ideias. Em seu lugar, o marketing eleitoral e os conchavos da pior espécie ...

Manifesto por Brasília: Onda de calor

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Por Sílvio Ribas O calorzão que temos sentido nos últimos dias deveria referescar as ideias de quem despreza o premiado projeto urbanístico básico de Brasília. O padrão bucólio traçado por Lucio Costa precisa ser respeitado e até aprofundado para que a capital do Brasil continue sendo diferente no bom sentido, com mais verde na terra e mais azul no céu. Não tenhamos dúvida de que a avalanche de carros nas ruas, as seguidas baixas sofridas pelo bravo cerrado urbano e as construções irregulares ou liberadas sem critério são a causa do crescente desconforto nas temporadas quentes. A maioria de nossos filhos e netos tem mais consciência ecológica que nós, em virtude dos ganhos pedagógicos pós-Rio 92, embora os poderosos do planeta pouco tenham feito para mudar a velha dinâmica das emissões de dióxido de carbono. A garotada nos ensina uma equação elementar e sempre esquecida: menos verde e mais concreto é igual a menos água e mais calor. Simples assim. É a partir da esperança nas novas ge...

Saúde civil

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As eleições presidenciais de 2014 avançam sobre o nosso cotidiano sem qualquer pudor, a partir da simples definição de três candidatos ainda não homologados e do duelo verbal entre eles, mesmo sem os respectivos programas de governo. É nessa hora que a minha nostalgia com os anos 1980 cresce sem freios. Para isso, basta ouvir Milton Nascimento cantando a bela canção Menestrel das Alagoas, composta por ele e Fernando Brant em homenagem ao político de oposição Teotônio Vilela. Era um tempo em que os artistas iam aonde o povo estava para defender grandes bandeiras de liberdade e de consciência, para enaltecer a “saúde civil”, como diz a letra. Bem diferente de hoje, em que tudo parece virar um reality show, no qual as posturas e os discursos firmes são contidos para não trombar com suscetibilidades ou aliados úteis e inconvenientes. O mensalão não levou o povo às ruas como nas Diretas Já, pois se esperava que a democracia já testada pelo impeachment de Collor e pela eleição do operário L...

Atualização de currículo

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Prêmio Caixa Econômica Federal (1995) Prêmio Fiat Allis, atual CNH (1996) Prêmio Abic de Jornalismo (1997) Prêmio Fiesc, Federação das Indústrias de Santa Catarina (1999) Prêmio Embratel (2011) Prêmio Abinam, Associação Brasileira da Indústria da Água Mineral (2012) Prêmio Andef (2013) Prêmio Allianz (2013) Prêmio CNI de Jornalismo (2014), categoria nacional Prêmio CNI de Jornalismo (2014), categoria regional NEXT: Prêmio ExxonMobil de Jornalismo (2015)

Noite feliz

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São Paulo, 6 de novembro de 2013. Obrigado pela torcida. Confira a lista dos vencedores da 7ª edição do Prêmio Allianz Seguros de Jornalismo . Seguros Categoria Linguagem Escrita Impresso Nacional e Regional “Seguro de carro usado é muito caro e nem sempre vale a pena”, de Sílvio Ribas , Correio Braziliense Impresso Especializado em Seguros “A palavra é eficiência”, de Kelly Lubiato, Apólice Impresso Economia e Finanças “Minimizar os riscos para salvar vidas”, de Felipe Datt, Valor Financeiro On-line “Apesar de caro, seguro para celular pode valer a pena?”, de Priscila Yazbek, Exame.com Tema Sustentabilidade – Mudanças Ambientais Categoria Linguagem Escrita Impresso Nacional e Regional “A água que ninguém vê”, de Alice Giraldi, Unesp Ciência On-line “Rastros do mercúrio (série)”, de Henrique Kugler e coautores, Ciência Hoje On-line Categoria Linguagem Audiovisual Telejornalismo “Gás de xisto: problema ou solução?”, de André Trigueiro, com reportagem d...

Aprendiz de feiticeiro

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Por Sílvio Ribas As comemorações do Halloween foram embora e as festas de fim de ano já começam a pedir passagem. Para o governo, essa fase de encerramento do ano vai continuar, contudo, sendo dominada pelas travessuras deixadas pelos seus magos financeiros e rasputins palacianos, chefiados pela economista e presidente Dilma Rousseff. Tal qual o bruxinho Mickey, naquele clássico das animações Disney, ela achou que poderia usar os seus poderes a favor de atalhos rumo a tal “nova matriz econômica”. Mas as consequências ficaram incontroláveis e se voltaram contra tudo e todos. Entre os desfechos mais recentes dos equivocados abracadabras sobre os negócios e as finanças do país está a transformação do príncipe das bolsas de valores, Eike Batista, em um sapo difícil até mesmo do Planalto engolir. O campeão nacional escolhido por Dilma para brilhar em seu reino encantado desapareceu como passe de mágica, deixando petrificados credores de todos tamanhos, incluindo órgãos federais. “Foi s...

Governistas em pé de guerra

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Por Sílvio Ribas A troca de farpas nos últimos dias entre a presidente da Petrobras, Graça Foster, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em torno da necessidade de reajustar os preços da gasolina, é só uma amostra dos embates que vêm se acumulando dentro do governo, provocados pelas falhas de condução dos projetos de infraestrutura. A pressa da presidente Dilma Rousseff em viabilizar, até o começo de 2014, um ambicioso plano de concessões de rodovias, portos, aeroportos e ferrovias, em meio a todos os jogos de interesses, gerou desgastes entre as principais autoridades envolvidas. Com obras emperradas, fraco desempenho da economia e crescente pressões da agenda eleitoral, os auxiliares do Planalto já não conseguem mais esconder suas diferenças. No duelo mais recente, a equipe econômica foi surpreendida pelo anúncio de nova fórmula para atualizar os preços dos combustíveis, com aumentos periódicos e automáticos, apresentada pela presidente da Petrobras. A boa notícia evitou o tombo ...

Braço forte das obras

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Por Sílvio Ribas A presidente Dilma Rousseff se convenceu de que o Exército tem a melhor experiência e a mais avançada tecnologia para servir de modelo em todas as investidas do setor público na área de infraestrutura. Após liderar e sustentar o ritmo de 16 importantes projetos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), a instituição foi convocada pela "comandante suprema das Forças Armadas" para uma tarefa mais audaciosa. Ela quer que os engenheiros militares estabeleçam o padrão gerencial de planejamento e de execução de obras. Esse esforço estará completo no lançamento de portal na internet dedicado ao tema, até 2015. A meta é fazer com que todos os empreendimentos federais atinjam o mesmo patamar de eficiência, economia e rapidez obtido pelas tropas nos canteiros, cujos convênios despertam grande interesse. Hoje, 20 projetos estão nas mãos dos 12 batalhões de engenharia espalhados por todo o território nacional, orçadas em R$ 1,2 bilhão. "O nosso desempenho e o ...

Letargia estatal

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Por Sílvio Ribas Assim não dá. Os acontecimentos dos últimos dias envolvendo a falta de ação dos órgãos públicos evidenciaram que os protestos das ruas estão longe de produzir os efeitos esperados. O desrespeito generalizado com a demanda dos cidadãos está a exigir profundas revisões das velhas práticas. Vejamos a seguir os exemplos no Distrito Federal de letargias estatais que se traduzem em omissão e desleixo. Faixas das vias continuam apagadas, provocando acidentes e multas. Uma só chuva deixa milhares sem eletricidade por 12 horas e a distribuidora nem sequer pede desculpas. Servidores da saúde descumprem jornadas e zombam da falta de fiscalização. Comandantes pregam corpo mole da polícia e mandam subordinados ignorarem veículos suspeitos em alta velocidade. Para coroar, o abominável monstro de óleo volta a atacar no Lago Paranoá, punindo duplamente o bolso do contribuinte e sonegando socorro. É triste ver tanto pacto sinistro contra os direitos garantidos pela Constituição. N...

Dilma sortuda

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Por Sílvio Ribas   A campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff corre com duas pernas: a do marketing total e a da sorte providencial. Com a receita dos especialistas em imagem e em análise de pesquisas de opinião, ela tem conseguido interpretar o papel ideal de candidata, ao gosto do eleitorado. Mas é com os regalos que vem recebendo do imponderável, sobretudo nas últimas semanas, que a chefe do Executivo tem conseguido transpor pedreiras colocadas pela economia. Exemplos? Os mercados emergentes, sobretudo os mais fragilizados na balança de pagamentos, como o Brasil, começaram este semestre gravemente ameaçados por uma reviravolta nos fluxos dos capitais especulativos, prestes a mudar o trajeto do Sul para o Norte. A melhora nos indicadores da economia norte-americana vinha sustentando o alerta de diretores do banco central dos Estados Unidos (Federal Reserve, o Fed) sobre a iminente suspensão dos estímulos com juro zero e emissões gigantescas de moeda, que se refestelavam...

Fight! Moreira Franco versus Gleisi

Por Sílvio Ribas

Fight! Lobão versus Mantega

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, desmentiu ontem publicamente o colega Edison Lobão, de Minas e Energia, na polêmica sobre a possibilidade de aumento do preço da gasolina este ano. Ele afirmou que, ao contrário do que disse Lobão, não sinalizou reajuste neste ano. Trata-se de mais um ruído entre os dois nesse tema. Na segunda-feira, Lobão voltou a afirmar que esperava pelo reajuste dos combustíveis até o fim do ano. Seu comentário já tinha reforçado a impressão de desencontros Mantega. Lobão explicou que sua “convicção de que isso (aumento dos combustíveis) possa ocorrer” partiu da previsão de Mantega feita no último aumento da gasolina, no fim de janeiro. “O presidente do conselho de administração da Petrobras é o senhor Guido Mantega”, disse, rebatendo a declaração do titular da Fazenda, na semana passada, de que o aumento era com a estatal. “Ele (Mantega) tem um olho direcionado para a inflação e para o interesse da economia e um olho direcionado para o interesse da Petrobras...

Fight! Marina versus Dilma

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Por Sílvio Ribas O confronto verbal estampado nas páginas dos jornais está longe de ser apenas fruto de ideias divergentes. A presidente Dilma Rousseff e a ex-senadora Marina Silva adiantam nos últimos dias o elevado nível de tensão que marcará a campanha eleitoral de 2014. Marina acusa Dilma de não ter uma marca da gestão, e a presidente rebate mandando ela e os outros pré-candidatos estudarem. A maior líder ecológica do Brasil ataca a política econômica da ex-colega de ministério e é retribuída com outro golpe de esquerda. O que está por trás desse ensaio quente de um debate em horário nobre da tevê, comparável àqueles antológicos protagonizados por Mário Covas e Paulo Maluf na disputa pelo governo paulista? Seria o ressentimento recíproco? Pode ser. A briga entre essas duas brasileiras superpoderosas tem lá suas razões pessoais. Desde que a então chefe da Casa Civil interditou iniciativas da ex-ministra do Meio Ambiente, dona de prestígio internacional, Dilma viu Marina virar sua...

Mama África

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Por Sílvio Ribas O mundo deve muito ao continente africano. E não estou falando apenas da infâmia da escravidão de milhões de degredados no passado remoto e que até hoje envergonha o Ocidente. Foi da nossa Mama África, como assim cantou o compositor Chico César, que herdamos uma belíssima cultura, universal sobretudo na pulsação de sua música, presente desde o rock até o samba. Foi de lá também que o primeiro ser humano se colocou de pé, saiu vitorioso na luta pela sobrevivência da espécie e iniciou uma fantástica caminhada até conquistar todo o planeta. Pois bem. É no século 21 que a humanidade parece estar diante da oportunidade de levar bem mais do que simples ajuda humanitária e força pacificadora aos ainda sofridos habitantes das savanas, montanhas, praias e desertos, na grande maioria negros. Como última fronteira da globalização econômica, a região com um bilhão de pessoas tem grande potencial para interferir positivamente nos números do comércio internacional e na sustentaç...

Lista dos selecionados ao Allianz

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Confira abaixo os 45 finalistas do Prêmio Allianz Seguros de Jornalismo e conheça os 23 integrantes do Comitê de Seleção e Julgamento: TEMA SEGUROS Categoria Linguagem Escrita – Impresso Nacional e Regional Lavoura protegida Igor Castanho – Gazeta do Povo (PR) O que encarece o seu seguro? Karin Hueck Carol Castro e Ricardo Gavino – Superinteressante Por prêmio de seguro, clientes inventam golpes mirabolantes Queila Ariadne – O Tempo (MG) Bicicleta, só com seguro Sheila Oliveira – Correio Braziliense Seguro de carro usado é muito caro e nem sempre vale a pena Sílvio Ribas – Correio Braziliense Impresso Especializado em Seguros Muitas catástrofes, poucos seguros e um déficit a resolver Carlos Pacheco – Seguro Total (SP) Face do Terrorismo pode chegar ao Brasil? Carol Rodrigues – Cobertura Mercado de Seguros (SP) Estamos preparados para os eventos climáticos? Gabriela Ferigato – Apólice (SP) Proteção para risco cibernético já é realidade Jamille Niero – Apólice (SP)

Puro preconceito

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Grandes poderes vêm sempre acompanhados de grande responsabilidade. Maior economia do planeta, os Estados Unidos dão as cartas no ritmo do comércio internacional, e os títulos de sua dívida soberana representam a poupança externa de importantes mercados desenvolvidos e emergentes, incluindo o Brasil. É então razoável a preocupação geral com o impasse parlamentar que paralisa, desde o começo do mês, a administração do presidente Barack Obama, colocando em risco o crescimento do PIB do país e, por tabela, lançando novas dúvidas sobre a esperada e ainda frágil retomada global. Os sucessivos fracassos na tentativa de se chegar a um acordo entre o governo democrata e a oposição republicana ainda podem levar a uma dor de cabeça maior. Para completar o cenário de crescente aflição, o risco de a superpotência dar inédito calote nos credores, já a partir da próxima quinta-feira, é real. Sem a autorização do Congresso para o Executivo elevar o teto da dívida, atualmente em US$ 16,7 trilhões, o D...

A revolução do simples

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Por Sílvio Ribas Che Guevara foi o último argentino a merecer o título unânime de revolucionário em escala global. Desde abril deste ano, outro nascido no país vizinho assumiu a condição de influente símbolo de novas ideias, mas com a grande diferença de atuar a partir de uma instituição milenar, pacífica e farol para 1,2 bilhão de habitantes em todos os países. Somente a História com agá maiúsculo poderá avaliar, ao cabo, o tamanho da revolução recém-iniciada pelo cardeal Jorge Mario Bergoglio, o papa do fim do mundo, como o próprio se definiu. Contra todo tipo de fanatismo, ele quer mostrar, na prática, que a essência de uma cultura pode, enfim, se sobrepor à avalanche de aparências em torno dela. A reforma administrativa em curso na Cúria Romana, o politburo da Santa Sé, é apenas uma das muitas mudanças radicais que ele está empreendendo, cujos desdobramentos serão ainda mais surpreendentes. A maior delas está na sua postura de líder espiritual, na qual gestos são tão ou mais fo...

Finalista do Allianz

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Por Sílvio Ribas Recebi hoje a boa notícia de que uma reportagem minha sobre seguro de carro é finalista na sétima edição do Prêmio Allianz Seguros de Jornalismo. É com muita honra e satisfação que “Seguro de carro usado é muito caro e nem sempre vale a pena”, publicada recentemente no Correio Braziliense, ficou entre as cinco selecionadas no tema Seguros, na categoria Linguagem Escrita – Impresso Nacional e Regional. A reportagem foi escolhida após avaliação do Comitê de Seleção e Julgamento, um júri independente, composto por jornalistas, pesquisadores e especialistas no tema, dentro de 611 trabalhos apresentados. Agora, a matéria vai ser analisada junto com as concorrentes pelo Comitê de Premiação, também composto por jornalistas da imprensa nacional e especialistas em seguros. A repórter Sheila Oliveira, minha colega de Correio, também concorre ao prêmio com a matéria "Bicicleta, só com seguro". Vamos aguardar e torcer!

A má política

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Por Sílvio Ribas Chantagens, traições e sabotagens. O exercício da política em grandes democracias, como a do Brasil e a dos Estados Unidos, está sendo manchado com gestos deploráveis. Aqui, o troca-troca partidário sem qualquer conteúdo programático é fonte de dinheiro lavado e desviado. O pragmatismo dá as cartas e nenhum governante ousa contestá-lo. No império norte-americano, por sua vez, são as guerrilhas conservadoras que usam seu poder parlamentar para colocar a faca na garganta do Executivo, igualmente sem qualquer escrúpulo. Onde está a velha e boa política, feita de debates, interesses legítimos da sociedade e consensos construídos pela razão? A velhíssima e má política parece ter ocupado todos os espaços deixados pela ausência de voto consciente e pela perda de referências nobres. Não por acaso, ocorrências de suborno, de sedução e de fraudes com licitações se misturam a todo momento com supostas tratativas de representantes do povo em nome do jogo democrático. Multidões...

Restos a roubar

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Por Sílvio Ribas O Orçamento público, com merecido O maiúsculo, deveria ser tratado como algo sagrado. É esse dinheiro que completa a aposentadoria do velhinho morador do grotão, que abre leito numa UTI neonatal para o bebê da favela e que compra remédios caríssimos para o soropositivo pobre. Mas o uso legal (nos dois sentidos) dos recursos da União que restam após os salários dos servidores serem depositados e dos juros mensais da trilionária dívida com bancos serem pagos é diariamente ignorado. E autoridades de todos os escalões continuam a perpetuar práticas denunciadas há décadas. Numa mão, a má gestão e a falta de planejamento fazem escorrer suadas verbas recolhidas do contribuinte pelo mal cheiroso ralo do desperdício. Noutra, os corruptos posicionados dentro e fora da máquina de governo insistem em embolsar cada vez mais o que é de todos os brasileiros. Nem mesmo o humanitário programa Fome Zero escapou da avidez dos inescrupulosos. Graças a Deus que surgem, de tempos em te...