Síndrome do Patropi
Débora Diniz Nem o corte da Selic, nem a redução dos juros bancários, nem as isenções fiscais, nada do que foi tentado até agora pelo governo para estimular a economia trouxe o resultado esperado. Ao contrário, os últimos indicadores dão forma a uma autêntica ave de mau agouro, como a linguagem popular denomina aqueles que anunciam desgraças. Com a Europa amargando uma grave crise e parceiros importantes, como a China, engatando a marcha lenta no comércio com o Brasil, analistas e instituições refazem os cálculos e já admitem um crescimento abaixo de 2% para 2012. A revisão só não encontra eco no comando da Fazenda, onde o discurso continua sendo o do crescimento pujante. Mesmo com um avanço de apenas 0,2% no primeiro trimestre, o titular da pasta, Guido Mantega, ainda mantém a previsão de um salto em torno de 4% no PIB de 2012. Para o ministro, tudo será diferente no próximo semestre — que começa em menos de uma semana, é sempre bom lembrar. Não é o que sinaliza o cenário, a começar p...