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Mostrando postagens de dezembro, 2009

Fala emblemática de House MD

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A equipe de redatores da série televisiva House MD (Universal), minha preferida, é muito competente, produzindo diálogos, bordões e tiradas memoráveis. O melhor sermão já dado pelo médico rabujento num(a) paciente foi o de um dos episódios da primeira temporada, de 2004. É uma fala emblemática, que diz muito sobre o personagem e a sua visão da Medicina. Coisa para reflexão cotidiana de todos, sem incluir aqui questões diretamente relacionadas como a eutanásia e a ortonásia (mais na moda). Relembremos: Patient: "I just want to die with a little dignity." House: "There's no such thing! Our bodies break down, sometimes when we're 90, sometimes before we're even born, but it always happens and there's never any dignity in it. I don't care if you can walk, see, wipe your own ass. It's always ugly - always! We can live with dignity - we can't die with it." TRADUÇÃO Paciente: "Eu só quero morrer com um pouco de dignidade." House: ...

Não é brinquedo não!

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É uma imagem clássica, que sempre aparece em filmes antigos, com uma criança tomando banho numa banheira enorme, cheia de espumas e um patinho amarelo de borracha. Não é motivo para um analista,mas nunca tive um patinho de borracha boiando na minha banheira. Dia desses encontrei um shampoo (ou será xampú?) na forma do tal conhecido quá-quá aquático. Resolvi comprar para aplacar minha nostalgia e presentear meu filho. Eis minha surpresa quando chego em casa e examino o rótulo na base do frasco e leio a mensagem de alerta: "não é um brinquedo". Mas como não é um brinquedo? Se quero brincar com ele, será um brinquedo. Não tenho dúvida que, depois de vazio, vai boar bonitinho. De todo jeito, vou esperar meu menino crescer um pouco mais e afastar de vez qualquer ideia de risco à saúde dele. Não é brinquedo não, diria dona Jura. Jura?

Mais um ano legislativo termina

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Todo fim de ano a cena se repete no Congresso Nacional. Enquanto o Brasil todo acompanha à distância as “tensas votações” e “as negociações de bastidores” em torno do Orçamento Geral da União para o ano seguinte, um grupo não superior a 10% dos 594 parlamentares – 81 senadores e 513 deputados – permanece em Brasília para concluir os trabalhos legislativos do período. Além de alguns líderes partidários, boa parte dos membros da Comissão Mista de Orçamento trata de fazer os ajustes finais no texto que baliza pretensões do governo, restrições da oposição e pleitos das 24 bancadas estaduais e do Distrito Federal. Nas duas últimas semanas de atividade, o movimento nos corredores do Parlamento brasileiro vai diminuindo gradualmente até chegar ao dia 23 reduzido ao mínimo. Nesse meio tempo, ganha evidência uma leva de dezenas de trabalhadores, na maioria de temporários, que se dedicam a obras de manutenção e reforma do maior prédio da Praça dos Três Poderes. Desde pintura de placas e de corre...

Gorby: de líder vermelho a verde

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Quando ainda se comemora os 20 anos da queda do Muro de Berlin, nunca é pouco se lembrar do grande Gorby. O ex-secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) e único presidente do país, Mikhail Sergueievich Gorbachev (1931), é jurista e agrônomo. O líder russo iniciou na política em 1955, como funcionário do PCUS, até chegar a chefe de Estado em 1985, sucedendo a Konstantin Chernenko. Para tirar o país do atoleiro econômico, o então membro mais jovem membro do Politburo propôs mudanças profundas na política, sob o slogan Glasnost (abertura), e na economia, com a Perestroika (reforma). Em 1988, foi eleito indiretamente presidente do Soviete Supremo, ganhando depois amplos poderes constitucionais em 1990, ano que recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Na política externa desencadeou o desarmamento nuclear via tratado com os Estados Unidos, para eliminar mísseis de médio alcance. Em 1989 retirou as tropas soviéticas do Afeganistão. Foi o principal ator do fim da guerra fria, marc...

Mineiros de Jobim

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Sempre repito com ardor bairrista que, se o maestro soberano Antonio Carlos Jobim tivesse nascido em Minas, poderia dizer com todo o orgulho do mundo que os três maiores gênios do Brasil seriam mineiros. Ele, juntamente com Pelé (o Edson) e Alberto Santos Dummont, formaria o trio mais influente vindo do berço esplêndido. Por feliz coincidência, topei esta manhã com um vídeo curtinho na web (G1), um trecho de um documentário sobre o autor de músicas clássicas da Bossa Nova, no qual o próprio se dizia um apaixonado pela obra de dois mineiros das letras, os maiores da prosa (João Guimarães Rosa) e da poesia (Carlos Drummond de Andrade). Ele se confessava influenciado por eles e acreditava inspiração nesses homens e na terra desses homens para compor Matita Perê. O famoso "É pau, é pedra..." teria matéria-prima extraída da Minas profunda. Lá vem o meu bairrismo de novo. E pra fechar, ainda ouço naquele citado vídeo um Jobim cinquentão recitando versos belíssimos de Drummond, em h...

COP15: vamos aos FLATOS!

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Uma verdade pra lá de inconveniente. Os ruminantes estão destruindo o planeta. As discussões da conferência mundial do clima, que ocorre por duas semanas em Copenhague, na Dinamarca, parecem ter dado com os burros n'água. Mas pelo menos uma grande revelação emergiu, a de que o gás metado produzido pelas vacas e bois é o maior responsável pelo aquecimento global. Seu impacto equivale a uma vez e meia a dos automóveis movidos a combustíveis fósseis. Além disso, os bovinos respondem por 51% dos gases de efeito estufa lançados na atmosfera. Essa informação, sublinha pelo Banco Mundial (Bird), já seria suficente para mudar a pauta do encontro de 198 países na capital dinamarquesa. Nunca o vegetarianismo se tornou tão positivo à saúde do planeta ao defender o sinal vermelho para a carne vermelha. Prova disso é a do ex-beatle Paul McCartney, que anda postando na web imagens de animaizinhos sendo torturados em abatedouros. Como sertanejo, é duro dizer isso, mas, além de ajudar tremendament...

Ato de contrição, Salve Rainha...

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Nossa dura formação católica perdida no tempo, no espaço e na rotina moderna. Não sei se as crianças de hoje têm isso, mas na minha infância o catecismo era obrigatório, uma preparação para os sacramentos conscientes, como Primeira Comunhão e Crisma. Lembro de um livrinho, mas próximo de uma cartilha de bolso, com capa de papel de seda vermelho. Era nossa versão do bem do livrinho ideológico de Mao (da revolução cultural chinesa). Nele, havia uma descrição básica dos preceitos da Santa Igreja, o Credo nosso de cada dia (ressureição da carne era um deles), os tais sacramentos (na época se falava em extrema unção ainda e não unção dos enfermos, por exemplo) e orações. Pai Nosso e Ave Maria todo mundo (católico) sabe. Mas os caducólicos como eu já não se lembram mais de outras rezas até então fundamentais como Salve Rainha (Vida doçura, esperança nossa... algo assim) e Ato de Contrição. Elas eram cobradas da gente na escola, até a oitava série, salvo engano. Espero que a tradição religios...