Os espadachins flamboyant
Quando era criança em Curvelo nos anos 1970 e 1980, eu e os meus amigos nos inspirávamos nos filmes de “capa e espada” para viver aventuras épicas nas praças. E flamboyants eram aliadas dessas brincadeiras, fornecendo sombra contra o sol ardente e “armas” na forma de vagens secas. Sob a proteção dessas árvores, encarnávamos personagens como Zorro, Três Mosqueteiros e piratas, transformando a cidade em palco para nossa animada imaginação. Elas embelezavam a rotina de todos os habitantes e foram responsáveis por criar momentos inesquecíveis da minha infância. En garde! Touché! Repetíamos essas expressões em francês enquanto brincávamos de esgrima, imitando as cenas que víamos na Sessão da Tarde. Esse teatrinho divertido só foi possível graças à floração de flamboyants, que além de pintarem belos cenários, traziam baionetas de sementes. Na praça da Matriz, a árvore era o cisne entre patos (fícus), enquanto no entorno da Basílica reinava com muitas presenças, hoje centenárias. Ao la...