As águas turvas da eleição
Os 156 milhões de brasileiros aptos a votar estão convidados a voltar às urnas no próximo domingo, o último deste mês, desta vez para escolher (ou não) um entre os dois candidatos mais bem votados no primeiro turno na eleição presidencial, o ex-presidente Lula (PT) e o atual Jair Messias Bolsonaro (PL). Este é, certamente, o pleito mais conflagrado da nossa história republicana, superando até a polarização extrema de esquerda e direita de 1989. Além de um engajamento recorde dos polos da sociedade, agigantado pelas redes sociais, as urnas ainda estão sob o espectro de uma parcela restrita de indecisos e por uma indecifrável camada d e votos não revelados. Por isso, os 32 milhões que de ausentes viraram peça-chave nas campanhas. A redução ou o aumento do índice recorde de 21% confirmará o vencedor do primeiro turno, Lula, ou imporá virada inédita, em favor de Bolsonaro. O esforço para sondar e bombear para a superfície esses votos profundos e não revelados em outubro me lembra os volume...