Caiu na conta
Por Sílvio Ribas A frase mais ansiada por milhares de servidores do governo do Distrito Federal nesse começo de ano mostra bem o quão longe a irresponsabilidade fiscal pode chegar. Isso tudo sem falar das filas em hospitais e do adiamento do calendário escolar. A minha esperança, contudo, é que, logo após funcionários ouvirem de colegas ou da imprensa o tão esperado “Caiu na conta!” pela primeira vez e também quando isso voltar a ser rotina, caia a ficha do povo sobre as razões de tanto sofrimento com salários e outros pagamentos atrasados. Gastar o que arrecada e somente o que arrecada, incluindo empréstimos tomados à luz do planejamento, é o mínimo a exigir do gestor público. Para o contribuinte, o mínimo que se espera é que ele exija bom uso dos pesados impostos pagos e saiba identificar qual gestão fez isso e qual não fez. Mas como estamos no Brasil, onde o surreal invade todas as instâncias de poder e da disputa política, essas duas premissas parecem ter dificuldade de amadurec...