Maldito caixa 2
Por Sílvio Ribas Nas sombras, o caixa 2 é potente propulsor de candidaturas a qualquer cargo eletivo. Mas exposto ao sol, costuma se converter em assassino de reputações e obstáculo a carreiras políticas. Após produzir tantos escândalos na República, esse tipo de crime insiste em desonrar o jogo democrático. Frutos da relação promíscua entre interesses privados e projetos de poder, os "recursos financeiros não contabilizados" nas campanhas eleitorais resistem como fontes de fisiologismo. É verdade que, desde o tempo do tesoureiro PC Farias, de Fernando Collor, ao do operador do mensalão, Marcos Valério, muita casa caiu e muita torneira secou. Mas também está claro que afloraram nos últimos anos novos gerentes de lavanderias de dinheiro sujo, desviado para máquinas partidárias e bolsos amigos, assim como novas formas de maquiar doações. A contribuição depositada diretamente na conta de legendas é uma das burlas conhecidas. Outras são alvo de órgãos da Justiça. Depois de tod...