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Mostrando postagens de agosto, 2014

Maldito caixa 2

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Por Sílvio Ribas Nas sombras, o caixa 2 é potente propulsor de candidaturas a qualquer cargo eletivo. Mas exposto ao sol, costuma se converter em assassino de reputações e obstáculo a carreiras políticas. Após produzir tantos escândalos na República, esse tipo de crime insiste em desonrar o jogo democrático. Frutos da relação promíscua entre interesses privados e projetos de poder, os "recursos financeiros não contabilizados" nas campanhas eleitorais resistem como fontes de fisiologismo. É verdade que, desde o tempo do tesoureiro PC Farias, de Fernando Collor, ao do operador do mensalão, Marcos Valério, muita casa caiu e muita torneira secou. Mas também está claro que afloraram nos últimos anos novos gerentes de lavanderias de dinheiro sujo, desviado para máquinas partidárias e bolsos amigos, assim como novas formas de maquiar doações. A contribuição depositada diretamente na conta de legendas é uma das burlas conhecidas. Outras são alvo de órgãos da Justiça. Depois de tod...

Jornalistas mais admirados

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Chegou ao fim, com a indicação de 246 nomes (tive a honra de ser representante do Correio Braziliense nesta lista, juntamente com Vicente Nunes) , a primeira etapa do projeto Os cem mais admirados jornalistas brasileiros. Nela, os pouco mais de 2 mil executivos de comunicação corporativa de todo o País, de agências e de empresas públicas e privadas, indicaram livremente até cinco nomes de jornalistas de sua admiração. Foram indicados, no total, 705 jornalistas e, desses, 246 se destacaram pelo número de indicações, classificando-se para a finalíssima que elegerá os cem mais. Nesta 5ª.feira (28/8), começa a segunda e derradeira etapa, em que os executivos voltarão a indicar, em ordem de preferência e da lista de 246 nomes, os cinco de sua preferência. Os votos para a 1ª colocação valerão 5 pontos; para a 2ª colocação, 4 pontos; 3ª, 3 pontos; 4ª, 2 pontos; e 5ª, 1 ponto. E todos os indicados levarão para a segunda etapa os pontos acumulados na etapa preliminar, sendo que cada indicaç...

Certas e incógnitas na bolsa

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A animação recente dos investidores estrangeiros na bolsa brasileira é mais uma prova de que a corrida presidencial tem balizado os humores do mercado financeiro. A exemplo dos apostadores locais, os de fora também têm reagido negativamente às pesquisas eleitorais e de aprovação de governo que pareçam favoráveis à presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição. Nos últimos dias, a notícia do desaparecimento trágico do presidenciável Eduardo Campos (PSB), até então posicionado em terceiro lugar na disputa, e a sua esperada substituição pela candidata Marina Silva, vista como um fenômeno capaz de não só garantir a realização do segundo turno mas de também derrotar Dilma, deram novo aval ao otimismo. A despeito de o candidato Aécio Neves (PSDB) se mostrar como o mais amigável aos negócios e das incertezas que giram em torno de um eventual governo Marina, o desempenho dos pregões, sobre das ações de estatais, revela a grande convergência anti-Dilma. A avaliação geral é de que a única cer...

Diploma da SAE Brasil

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A SAE Brasil anunciou em 5 de agosto os 10 vencedores do 8º Prêmio SAE Brasil de Jornalismo, que teve o patrocínio da Mercedes-Benz do Brasil. Entre os presentes Philipp Schiemer, presidente da montadora, Luiz Carlos Moraes, diretor de Comunicação e Relações Institucionais, e Roberto Bastian, diretor de Logística; e pela SAE BRASIL, Ricardo Reimer, Frank Sowade e Luso Ventura, respectivamente presidente, vice-presidente e diretor de Comissões Técnicas. Minha série de reportagens O Valor do Conhecimento, publicado no Correio Braziliense, ganhou diploma de destaque. Concorreram ao prêmio 306 reportagens sobre tecnologia da mobilidade nos modais terrestre, aeroespacial e naval, publicadas em jornais, revistas e sites com sede no Brasil, entre 1ºde março de 2013 a 21 de março de 2014. O número de inscrições por participante é ilimitado. Fonte: SAE Brasil - 05/08/2014

Editorial do Correio

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Desafios da economia em meio às eleições Por Sílvio Ribas Todo eleitor brasileiro sabe ou ao menos deveria saber que eleição e economia são assuntos que sempre acabam se misturando, pois um acaba influenciando fortemente o outro. Quando o ambiente econômico não anda bem, como agora, o governo do momento trata logo de buscar formas de evitar uma piora que possa lhe render prejuízos nas urnas. A campanha eleitoral, por sua vez, torna ainda mais difícil a tomada de medidas necessárias à correção de rumos, consideradas impopulares. O calendário acaba, assim, desenhando um plano atípico de gestão das variáveis acompanhadas de perto pelo mercado financeiro, por vezes em contradição com a desejada racionalidade. Nessa toada, as ações e os acenos das autoridades acabam sendo interpretados pela perspectiva do poder político, agravando desconfianças e pressões por compromissos públicos. Nos últimos dias, essas contradições ficaram ainda mais evidentes e tiveram como principal personagem a diret...

Bocas de jacaré

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Por Sílvio Ribas Crescimento sempre rima com investimento. Qualquer política nacional de desenvolvimento que se preze coloca como meta central a capacidade transformadora dos projetos voltados à produção, à logística e aos insumos básicos. Investir é a única saída para que o movimento da roda da economia não seja interrompido mais adiante por um impasse entre oferta e procura. Melhor: é investindo de maneira focada e inteligente que uma empresa ou um país consegue fomentar novas necessidades de consumo e novos ramos de negócios, alimentando um ciclo virtuoso que beneficia desde o valor médio dos salários até a arrecadação de impostos. Todos saem ganhando. Um bom exemplo disso é a China, que em duas décadas saiu da periferia para o topo, se aproximando dos Estados Unidos no ranking do Produto Interno Bruto (PIB). É um equívoco justificar o espetáculo do crescimento do gigante asiático como resultante do “trabalho escravo” de chineses. A mão de obra farta e barata foi, sim, um importan...

Em defesa da água

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Fonte: Correio Braziliense de hoje O beijo da seca rachou os lábios. Essa poesia grafitada nos muros de Brasília até refresca almas, mas em nada alivia o maior problema brasileiro: o estresse hídrico. Se alguém ainda duvidava da histórica desidratação de rios e lagos, a notícia de que um lote inteiro de uma famosa marca de água mineral estava contaminado com bactérias remove qualquer sinal de interrogação. Também na semana passada, soube-se de um surto de vômito e de diarreia com quase 200 moradores de Brodowski, município do nordeste de São Paulo, causado por uma virose saída das torneiras de suas casas, que passaram a ser abastecidas por carros-pipa. Há meses temos assistido o desespero paulistano com a flagrante escassez do precioso líquido e observado, em segundo plano, o sofrimento de pescadores e de agricultores ribeirinhos nos sertões do Sudeste. No capítulo seguinte dessa tragédia anunciada, a queda da quantidade dos recursos hídricos está se somando ao declínio de qualidade. E...