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Mostrando postagens de dezembro, 2013

Justiça bíblica

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"Eis que o ímpio concebeu a iniquidade, engravidou e deu à luz a falsidade. Um buraco ele cavou e aprofundou, mas ele mesmo nessa cova foi cair. O mal que fez lhe cairá sobre a cabeça, recairá sobre seu crânio a violência! Mas eu darei graças a Deus que fez justiça, e cantarei salmodiando ao Deus Altíssimo". (Salmo 7/Oração do justo caluniado) PS: Ouvi esse texto enquanto dirigia, ao passar pela sintonia de uma emissora de rádio católica. Me fez lembrar do Salmo 37, o meu preferido, que nos ensina a evitar combater o mal com o mal, a ter esperança e a nunca invejar os malfeitores.

Dias de Gomes

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A telenovela brasileira nunca foi só uma forma popular de entretenimento. Como produto cultural, difunde costumes, novas expressões e até mobiliza debates nacionais sobre questões polêmicas, coisa que as instituições democráticas nem sempre conseguem. Também serve de espelho para as diferentes características do povo, seu jeito de ser e de viver. Sobrevivendo às novas mídias eletrônicas, convivendo e até se apoiando nelas, a teledramaturgia quase setentona neste país manteve seu vigor e qualidade reconhecidos em todo o mundo. O que mudou foi a sociedade nesse período, o perfil da economia e os valores cultivados pela família sempre sentada no sofá emhorário nobre. Entre essas adaptações aos novos tempos, percebo claramente uma distância cada vez maior do Brasil profundo da temática dos folhetins. O folclore, as lendas e os personagens caricatos que conviveram com aqueles que residiam ou vieram das cidadezinhas do interior estavam sempre presentes no enredo dos grandes sucessos de audiê...

Fazer o bem faz bem

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Por Sílvio Ribas Empresários que agregam o valor da responsabilidade social aos seus negócios proporcionam muito mais do que uma vida melhor para cidadãos marginalizados. Acabam também se tornando inspiração para as pessoas às quais dão ajuda e um estímulo para que outros empreendedores sigam o mesmo caminho da solidariedade e da independência financeira. Éder Carvalho, 32 anos, é um desses exemplos. Depois de uma infância pobre no Entorno de Brasília e uma vida inteira de muito trabalho, venceu ao construir uma marca de roupas, a Filho Rico, que tem loja própria em shopping e se prepara para virar uma franquia. "Quero consolidar uma marca com influência social, que carregue valores muito além da visão material e vá além das relações de consumo", afirma. Mesmo em seus melhores momentos, Carvalho nunca deixou de lado a preocupação com os jovens carentes e expostos ao mercado das drogas, particularmente os menores infratores que estão apreendidos pela Justiça. Buscar doa...

Luz, câmera, ação!

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Sílvio Ribas Respostas aparentemente simplistas para resolver problemas complexos quase sempre soam como frases marqueteiras e sem muita consistência, coisa de candidato em campanha. Ocorre, contudo, que, pelo menos no caso da nossa cotidiana e crescente violência urbana no Distrito Federal e seu entorno, a solução parece óbvia demais. Recorro aqui ao velho bordão dos diretores de cinema para condensar o trinômio necessário para combater roubos, furtos, sequestros e homicídios. Luz, câmera e ação. Não tenho dúvidas de que são essas três medidas que fazem mais falta no enfrentamento à criminalidade e cuja adoção daria retorno positivo mais rapidamente. Explico já. Luz de postes para acabar com as enormes manchas de escuridão que ainda teimam em cobrir os espaços urbanos de nossas cidades. Não consigo entender por que Brasília e suas cidades são tão escuras para o pedestre noturno. Fiat lux para os que se escondem nos cantos escuros à espreita das vítimas. O big brother urbano também...

Culpa de São Pedro

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A natureza não se defende. Ela se vinga. Era com essa expressão que o saudoso jornalista Joelmir Beting se referia às catástrofes naturais, cada vez mais frequentes no noticiário em razão da loucura do clima. No começo de mais uma temporada de chuvas torrenciais sobre as maiores regiões metropolitanas do país, sempre acompanhadas de tragédias previamente anunciadas, ouso colar outra máxima à proferida pelo mestre do comentário econômico na tevê: Quem quer faz. Quem não quer, arruma logo uma desculpa. Estamos completando três décadas nas quais São Pedro parece figurar como o inimigo número um das moradias pobres em áreas de risco, dos pequenos agricultores sem seguro no banco, da mobilidade urbana limitada e das medidas em favor do progresso sustentável. A diferença é que, graças a uma maior consciência ecológica, desculpas esfarrapadas das autoridades, como a de que a estiagem prolongada foi além do previsto ou de que o índice pluviométrico estimado para certo mês resolveu aparecer to...

Desrespeito ao consumidor

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Em países desenvolvidos, subsídios à indústria automobilística visam favorecer veículos menos poluentes, mais seguros e preço final justo. Em caso extremo, como nos Estados Unidos, recursos públicos foram liberados com prazo de reembolso para impedir a demissão de milhares. No Brasil, contudo, essas motivações ficam em segundo plano nas concessões às montadoras. O suposto interesse social só mascara a verdadeira motivação: proteger um só ramo industrial, concentrado no ABC paulista, berço político do PT. Para ampliar essa distorção, virou rotina nos últimos anos ludibriar o consumidor que, embalado pelo alerta do fim de cortes temporários da carga tributária, corre às concessionárias para aproveitar descontos renovados em seguida. No último ato desse teatro de absurdos, os modelos Kombi e Gol G4, da Wolks, e Fiat Mille podem abandonar a anunciada aposentadoria, caso o governo adie a obrigatoriedade dos carros saírem de fábrica com freios ABS e airbag.

Re: volta

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Por Sílvio Ribas A rapidez das comunicações digitais não nos deixa digerir os fatos na velocidade ideal para sua compreensão. Se somarmos as notícias recentes envolvendo o tema segurança pública e violência urbana, em escala local e nacional, teremos um quadro alarmante. Mais: se prestarmos atenção no grau de crueldade de milhares de indivíduos que atacam cidadãos nas ruas sem dó nem piedade, ficaremos com medo. Para piorar: se cotejarmos tudo o que as autoridades têm dito e feito diante de arrastões de furtos em praias lotadas, do quebra-pau nos estádios de futebol, das rotineiras chacinas em favelas e do inferno carcerário, nos damos conta de que a realidade não é dura o suficiente para forçar o Estado a agir. Sobraria, então, apenas a revolta popular. Os ônibus intermunicipais incendiados pelos passageiros mais exaltados, que não mais suportam o desrespeito dos donos das companhias de transporte urbano, é só um exemplo. A falência da atribuição constitucional dada aos governos pa...

Reformas abandonadas

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As duas mais importantes decisões tomadas pelo Partido Comunista da China em favor do desenvolvimento da atual segunda maior economia do mundo foram na direção de mais abertura ao capitalismo. No começo dos anos 1990, o país mais populoso do planeta iniciou uma trajetória que rendeu mais prosperidade que a trazida pelo milagre econômico brasileiro, do período entre o finzinho da década de 1960 e o comecinho da de 1970. O então caso mais surpreendente de salto rumo à industrialização foi desbancado por um processo de atração de investimentos externos sem precedentes, associado à construção da maior base manufatureira e exportadora de todos os tempos. Depois dos frutos colhidos pelos chineses e dos recentes sinais de esgotamento do seu modelo bem-sucedido, com perda de fôlego da ainda acelerada atividade, o gigante asiático recorre este ano a mais liberdade para empreender, visando aumentar e melhorar os empregos e obter riqueza sustentável no longo prazo. Eles vão conseguir, de novo. ...

Gêmeos separados no berço

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Escutei um velho poeta fazendo essa comparação entre o velho telefone preto que todos nós tínhamos em casa com o icônico capacete de Darth Vader. Genial. Queria ter os dois no meu lar novamente.