Restos a roubar
Por Sílvio Ribas O Orçamento público, com merecido O maiúsculo, deveria ser tratado como algo sagrado. É esse dinheiro que completa a aposentadoria do velhinho morador do grotão, que abre leito numa UTI neonatal para o bebê da favela e que compra remédios caríssimos para o soropositivo pobre. Mas o uso legal (nos dois sentidos) dos recursos da União que restam após os salários dos servidores serem depositados e dos juros mensais da trilionária dívida com bancos serem pagos é diariamente ignorado. E autoridades de todos os escalões continuam a perpetuar práticas denunciadas há décadas. Numa mão, a má gestão e a falta de planejamento fazem escorrer suadas verbas recolhidas do contribuinte pelo mal cheiroso ralo do desperdício. Noutra, os corruptos posicionados dentro e fora da máquina de governo insistem em embolsar cada vez mais o que é de todos os brasileiros. Nem mesmo o humanitário programa Fome Zero escapou da avidez dos inescrupulosos. Graças a Deus que surgem, de tempos em te...