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Mostrando postagens de março, 2012

Motocicleta na linha

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Niguém percebeu, eu acho. Mas depois de assistir pela milésima vez o filme Thomas and the Magic Railroad (Thomas e a Estrada Mágica, 2000) percebi a referência que o ator Peter Fonda fez ao filme que o consagrou (Easy Rider, 1969). Numa cena rápida, o vovô Burnett Stone, seu personagem, conversa com um motociclista na encruzilhada, antes de se encontrar com a neta. Era ele se encontrando com o outro personagem. Algum cinéfilo com tempo também percebeu?

Separados ao nascer

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Como diria os americanos, "I realized" que o Peixonauta tem um traje inspirado no Astronauta, do Maurício de Sousa. Não acham?

Zé e chipanzé

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Tão longe, tão perto‏ Por Paloma Oliveto, Correio Braziliense Brasília – Pouco mais de 1% dos genes diferencia o homem de um chimpanzé. Ainda assim, do ponto de vista cognitivo, a distância entre um e outro é notável. Por mais inteligentes que sejam, não foram eles que inventaram a roda. E, a não ser em filmes de ficção científica, jamais colocarão humanos dentro de uma jaula para estudá-los em laboratório. Questões como essas tiram o sono de pesquisadores evolutivos, que buscam entender por que, mesmo compartilhando 98,8% das sequências genéticas com seus parentes próximos, o Homo sapiens se diferenciou, tornando-se uma espécie à parte, devido à sua inteligência. A resposta pode estar na plasticidade do cérebro humano, que, principalmente durante os primeiros anos de vida, é capaz de absorver e estocar informações obtidas no meio ambiente, de forma impressionantemente ativa. Acredita-se que essa é uma característica única no reino animal. Agora, uma equipe internacional de pesquisador...

Angústia de ser mineiro

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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012 Lúcio Cardoso e a angústia de ser mineiro por Fabio Coutinho Ao final de uma vibrante exaltação das virtudes e qualidades de Minas Gerais, um mineiro há décadas radicado no Rio ouviu de alguém na roda em que pontificava: Mas se é tudo isso, Otto, por que você não volta para lá? Sem perder o rebolado, Otto Lara Rezende, frasista genial, respondeu de bate-pronto: Eu não mereço! Na literatura de outro mineiro, Lúcio Cardoso, cujo centenário se dá neste ano de 2012, é Minas que parece não merecer a volta dos mineiros à terra natal. Numa obra em que separou o joio do trigo e publicou o joio, Lúcio mergulhou nas profundezas da alma mineira, gerando o devastador Crônica da Casa Assassinada (1959). É o livro a um tempo mais forte e conhecido de um autor que, ao longo de existência relativamente curta (morreu aos 56 anos de idade, em 1968), produziu inúmeros outros, todos de qualidade superior. Atesta-o o Prêmio Machado de Assis, concedido anualmente pela ABL...

A dama do euro

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Amanhã, quando estiver frente a frente com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, a presidente Dilma Rousseff promete repetir, letra por letra, as críticas que vem desferindo aos países ricos, especialmente aos da Europa. A líder brasileira acusa tais nações de promoverem um "tsunami monetário" contra as economias emergentes, ao despejarem quase US$ 5 trilhões no sistema financeiro global. Antes mesmo de a colega pisar em terras germânicas — Dilma embarcou ontem —, Merkel avisou que está preparada para ouvir as queixas e, claro, apresentar seus argumentos. Reclamações à parte, a presidente brasileira encontrará uma chanceler vivendo um momento histórico. Sobre os ombros da líder durona e de opiniões conservadoras pesa, cada vez mais, a missão de salvar a moeda única europeia, ameaçada pela crise fiscal que arrasa um grupo de sócios que vai da falida Grécia à França. Com popularidade recorde em seu país, locomotiva do continente e principal fiador do socorro às economias mais...

Classe média espremida

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Com mais arrocho fiscal, a crise norte-americana avança, paralisa a produção, esfria a a economia e leva a pobreza bater recorde: 46 milhões de pessoas. O Bronx, Nova York, bairro mais pobre e de mais baixa renda dos Estados Unidos, se contrasta com a riqueza de Manhattan, a maior do país, com 57 bilionários que têm renda igual a 4 milhões de famílias da classe média. Na mais admirada cidade norte-americana, uma em cada cinco pessoas estão na pobreza. No país, o percentual é um pouco menor: 16%. Trata-se de uma população sem plano de saúde e com renda 38 vezes menor que a da faixa mais rica. Pelo coeficiente internacional, os EUA são o país desenvolvido mais desigual, com fosso social igual a Ruanda, na África. Os pobres não são, contudo, os únicos a sofrer com a estagnação, a renda da classe média se achatou e voltou aos níveis de 1996. Para ela, a primeira década do século 21 foi perdida. Em paralelo ao desemprego elevado e aos cortes de benefícios, os cidadãos desse grupo ficaram ai...

O poder delas

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As duronas Sílvio Ribas Correio Braziliense - 01/03/2012 Quem tem m>ais de 40 anos sabe bem que a ex-primeira ministra britânica Margaret Thatcher foi uma das personalidades mais marcantes do século 20, redescoberta recentemente graças à cinebiografia em cartaz. Faz-nos relembrar com saudade os tempos em que chefes de Estado e de governo quebravam paradigmas para superar adversidades. Não existem mais estadistas como a baronesa Thatcher. O esperado Oscar conferido a Meryl Streep por sua interpretação primorosa da dama de ferro é também um reconhecimento às líderes na política e nos negócios que ganharam o rótulo de duronas por sua assertividade e pelo rígido compromisso com resultados. No plano internacional, as duronas continuam apontando caminhos que consideram corretos e necessários, expressando suas ideias diretamente e sem eufemismos. O maior nome do clube é a chanceler alemã Angela Merkel, a tesoureira do euro cada vez mais popular entre os compatriotas e mais odiada pelos des...