Conexões russas de Curvelo

Que tal modão ao som de balalaicas e coquetel de vodca com licor de pequi? Baseado em levantamento primoroso do poeta, jornalista e acadêmico curvelano Newton Vieira, encontro surpreendentes e variadas conexões entre a minha Curvelo (MG) e a Rússia. Este elo alcança literatura, moda, política, pedagogia e até a dança clássica. Entre essas pontes simbólicas, destaca-se a figura do escritor curvelano Lúcio Cardoso, reverenciado como o “Dostoiévski brasileiro”. Admirador confesso dos grandes mestres russos, como Dostoievski e Tolstói, ele não apenas leu e refletiu sobre suas obras — como registra em seus Diários —, mas chegou a traduzir Ana Karênina, de Tolstói, em 1943. A obra-prima de Cardoso, Crônica da Casa Assassinada, foi laureada recentemente nos Estados Unidos com o Best Translated Book Award (BTBA), na categoria ficção. O legado de Lúcio representa talvez o exemplo mais fulgurante dessa afinidade curvelana com o espírito russo. Outro autor curvelano, Marcos de Lemos, homenag...